Segunda-feira, 17 de setembro de 2001

Por: GIFE| Notícias| 17/09/2001

O jornalismo da boa notícia

Com a cobrança cada vez maior sobre os empresários para que tenham uma conduta ética e reconheçam sua parcela de responsabilidade sobre a transformação social do país, cresce a necessidade de comunicar o trabalho destes novos geradores de bem-estar social. O trabalho junto à mídia tem surgido efeito. O estudo Investimento Social na Idade Mídia – Discurso e imagem da iniciativa privada na imprensa brasileira, realizado pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi) em parceria com o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), constatou o crescimento do espaço dedicado à pauta. O levantamento, feito com 50 jornais e 31 revistas do país, contabilizou 98 inserções do tema investimento social privado no primeiro semestre de 1999. No segundo semestre do mesmo ano foram 197 e nos primeiros seis meses de 2000 o número subiu para 209.
O novo empresariado – O assédio sobre os jornalistas tem um motivo estratégico: conquistar a colaboração da imprensa é fundamental para consolidar o processo que está mudando o papel do empresariado no país. Isso porque os empresários precisam mostrar ao consumidor que seus trabalhos junto à comunidade são um diferencial importante em um país como o Brasil; que as empresas se relacionam bem com seus fornecedores, consumidores, funcionários, com o meio ambiente e a comunidade em que estão inseridas; e mostrar aos outros empresários que cada vez mais consumidores darão importância para a postura de um empresa na hora de fazer suas compras.
Imagem – A segunda edição da pesquisa Atuação Social das Empresas – Percepção do consumidor, realizada pelo jornal Valor Econômico em parceria com o Instituto Ethos e o Indicador de Opinião Pública, revelou que das 1.002 pessoas entrevistadas, 48% levam em conta a demonstração da responsabilidade com a sociedade, o meio ambiente e as práticas de trabalho na formação de uma impressão sobre a empresa.
Qualificação – Apesar do nítido crescimento da pauta de boa notícia na grande imprensa, os defensores do terceiro setor querem mais. Além de mais espaço, eles buscam meios de especializar e qualificar os repórteres por meio de projetos desenvolvidos especialmente para jornalistas. Entre os exemplos pode-se citar o Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo, promovido pelo Instituto Ayrton Senna, e o Prêmio Ethos de Jornalismo e a Rede Ethos de Jornalistas, desenvolvidos pelo Instituto Ethos. (Revista Imprensa, p. 24-31, Agosto/2001 – Mariana Menezes)

Comunicação: tão fundamental quanto a ação

Em entrevista, Judi Cavalcante, gerente de comunicação do GIFE, afirma que a comunicação hoje faz parte da gestão estratégica das organizações que detêm pertinência social, não importando o setor em que atuam, nem se possuem fins lucrativos ou não. Como o reconhecimento por parte da comunidade é meio e fim para a própria existência das organizações do terceiro setor, a comunicação eficiente com os seus diversos públicos passa a ser tão fundamental quanto a causa social que abraçam. Nesse sentido, o entrevistado afirma que a capacidade mobilizadora dos veículos de comunicação é fundamental no processo de construção de um novo empresariado. Contudo, é preciso romper os preconceitos, gerados pela desinformação, existentes entre os dois lados. A responsabilidade pela melhoria do trabalho jornalístico sobre os investimentos privados na área social não é só dos jornalistas. É uma ação compartilhada envolvendo empresas de comunicação, fontes e, evidentemente, jornalistas. (Revista Imprensa, p. 55-58, Agosto/2001)

Um passo adiante

O Brasil voltou da Conferência sobre o Racismo, realizada em Durban (África do Sul) durante os dias 31/8 e 8/9, prometendo implantar políticas compensatórias para que até 2015 algumas metas sejam cumpridas no combate às formas de discriminação racial e à eliminação das desigualdades. Algumas ações com esses objetivos já existem no Brasil. Um projeto de referência na área de educação é o Geração 21, uma parceria entre o BankBoston, a Fundação Palmares e a ONG Geledés – Instituto da Mulher Negra que investe em 21 adolescentes negros que foram selecionados para serem acompanhados até o curso superior. (Revista IstoÉ, p. 84, 19/9 – Kátia Mello)

Organização gaúcha exporta seu trabalho modelo de programa de voluntariado

Criada em 1997 para dar eficiência a ações sociais desenvolvidas de forma difusa por pessoas e empresas no Rio Grande do Sul, a ONG Parceiros Voluntários já capacitou 12,6 mil gaúchos. Mantida pelas contribuições de Bradesco, Gerdau, Copesul, Ipiranga, OPP Petroquímica, Elegê, Rio Grande Energia, Telet e Varig, a organização também está exportando sua tecnologia para companhias de todo o país que pretendem implantar programas de voluntariado próprios. As empresas estão assumindo sua responsabilidade social e conscientizando seus funcionários a reconhecer o papel individual de cada um, comenta Maria Elena, vice-presidente da ONG. (Valor Econômico, p. B2, 17/9 – Sérgio Bueno)

Mangueira supercampeã

Criado há 14 anos, o Programa Social da Mangueira transformou a vida da comunidade. Hoje, a Vila Olímpica recebe 5.750 pessoas e oferece um leque variadíssimo de atividades. Na Casa dasArtes, crianças e adolescentes participam das oficinas de reportagem e criação de texto, fotografia, vídeo e capoeira. Esses cursos são financiados pela Xerox, a principal patrocinadora das atividades na Vila Olímpica. Mas os projetos conquistaram outros apoios como o da Petrobras. (Jornal do Brasil, p. 27, 16/9 – Telma Alvarenga)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

  • Banco de Boston
  • Bradesco
  • Copesul
  • Elegê
  • Gerdau
  • Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE)
  • Instituto Ayrton Senna
  • Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
  • Ipiranga
  • OPP Petroquímica
  • Petrobras
  • Rio Grande Energia
  • Telet
  • Valor Econômico
  • Varig
  • Xerox
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