Segunda-feira, 19 de março de 2001

Por: GIFE| Notícias| 19/03/2001

Parceria Social

Em edição especial, a revista Dinheiro n° 185, dedica-se inteiramente ao Itaúsa. O Banco Itaú, braço financeiro do grupo controlado pela família Setúbal-Villela vive o momento do balanço mais vistoso da instituição, registra um lucro superior a R$ 1,8 bilhão e a rentabilidade chega a 28%. Em meio a toda essa prosperidade, o empresário Roberto Egydio Setubal, deixa o mercado financeiro para acompanhar pessoalmente as ações sociais da instituição. Ele é presidente da Comissão Executiva do Programa Itaú Social, entidade recém criada que abriga todas as atividades do banco para a área social e que já nasce com um patrimônio de R$ 170 milhões. Com essa base a instituição irá gerar recursos para serem investidos em projetos na área de educação e saúde.A criação da fundação nasceu de uma filosofia onde Setubal afirma que os problemas sociais serão solucionados a partir do comprometimento da sociedade em parceria com o governo.

No ano 2000, foram investidos R$ 11 milhões em 185 projetos. A fundação tem seu foco dirigido para projetos educacionais, principalmente para o ensino fundamental e para a saúde pública. Os principais parceiros do Itaú são: UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infancia), CENPEC (Centro de Estudos e Pesquisa em Educação e cultura) e a Ação Comunitária.

Projetos – Têm a característica multiplicadora e abrangência nacional. O Projeto Raízes & Asas, criado há cinco anos, desenvolve ações apara aprimorar a qualidade da educação pública. Nele o CENPEC e o UNICEF pesquisam atividades bem-sucedidas em escolas de todo o País, depois divulgam, preparam e orientam os educadores sobre o material em eventos realizados especificamente para este fim. Instituído em 95, o Prêmio Itaú/Unicef também virou referência nacional. Realizado a cada dois anos, como integrante do Programa Educação e Participação, ele tem como objetivo valorizar programas de organizações não-governamentais que contribuam para o ensino de crianças e adolescentes de baixa renda. Este ano, o prêmio será em maio. O Projeto Meninos do Morumbi, premiado em 99, desenvolve um trabalho de educação artística e cultural com 900 alunos com idades entre seis e 18 anos. Ele engloba a participação de 23 bairros paulistas e 90 escolas públicas. As crianças montam espetáculos de dança e percussão. Dentro do Programa Educação e Participação, ocorre o projeto Encontros Regionais de Educadores.

Na saúde o banco trabalhou com o Instituto Para o desenvolvimento da saúde e com o núcleo de Assistência Medico-Hospitalar, da Universidade de São Paulo, desenvolvendo o Programa Saúde & Cidadania. O Grupo está apoiando a construção de unidades hospitalares, a compra de equipamentos e treinamento.

Cultura: O banco está comemorando a participação de 200 mil pessoas nos projetos desenvolvidos pelo Itaú Cultural em 2000. Criado há treze anos, o Instituto trabalha para fomentar as atividades culturais do País, com ações que vão de produção, pesquisa e investimento em projetos de acesso gratuito.

Com esta iniciativa transformou-se em referência com a criação de projetos culturais apoiados por recursos repassados pela Lei de Incentivo à Cultura.
(Revista Dinheiro, n°185, p. 36, 14/3)

Alfabetização solidária

O Programa Alfabetização Solidária, do Comunidade Solidária de Ruth Cardoso, vai fechar parceria com a AmBev. Ela investirá R$ 2 milhões na alfabetização de cerca de mil alunos na região Norte e Nordeste.
(Folha de S. Paulo, Dinheiro, p.B2, 18/3)

Empresas investem em produtos ecologicamente corretos

Algumas empresas têm investido nos produtos feitos a partir de materiais reciclados ou que favoreçam pessoas de baixa renda. A S antista desenvolveu um tecido feito a partir de algodão reciclado, pois, o plantio do mesmo danifica o solo por causa dos agorotóxicos. A levis utiliza açaí para tingir seus tecidos, incentiva seus funcionários a trabalhar como voluntários durante o horário de trabalho e destina US$ 16 milhões por ano para ONGs em todo o mundo. A Pirelli lançou o pneuXapuri, fabricado com borracha extraída da seringais da região, garantindo renda a 300 famílias de seringueiros. A Natura Investe em produtos biodegradáveis, as embalagens são recicláveis e toda a linha dispõe de refil. O objetivo da empresa é preservar os recursos naturais e mostrar ao consumidor o potencial de nossos produtos nativos. A Ethel Carmona procura resgatar a arte na marcenaria, evitando o desperdício e dando preferência à madeira certificada na sua fábrica em Valinhos (SP). A M.Officer se utiliza da cooperativa das costureiras da Rocinha para produzir suas peças, gerando assim emprego dentre a comunidade carente.
(Folha de S. Paulo, folhaequilíbrio, P.12/ 13, 15/3)

Boicote à Nike melhora vida vietnamita

Um forte exemplo de que boicotar as empresas que não adotam medidas de preservação ambiental, se utilizam de trabalho infantil e exploram seus funcionários faz com que as mesmas melhorem a forma com que trabalham. No Vietnã isto aconteceu com a Nike. Em novembro de 97 a empresa sofreu acusações de más condições de trabalho, de expor seus funcionários a agentes cancerígenos e de exploração da mão-de-obra, eles recebiam US$ 10 por 65 horas semanais. A imprensa pressionou e ainda assim a Nike passou quase seis meses negando as acusações, os consumidores reagiram, o presidente da empresa recebeu 33 mil cartas exigindo que contratasse pessoas independentes para monitorar o trabalho em suas fábricas. Estudantes solicitavam que as universidades suspendessem os contratos com a Nike, a maior fornecedora de uniformes dos campi norte-americanos. A pressão surtiu efeito e as ações na bolsa de valores caíram. Quatro meses depois a empresa admitiu as más condições em suas fábricas e anunciou medidas para melhorar a situação, entre elas adotar as regras de segurança exigida pela legislação americana, além de tolerância zero com o trabalho infantil. Os 450 mil empregados passaram a ser observados de perto por ONGs, que também vigiam outras fábricas que a Nike mantém em regiões pobres.
(Folha de S. Paulo, folhaequilíbrio, p. 12, 15/3)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

  • AmBev
  • Ethel Carmona
  • Itausa
  • M.Officer
  • Natura
  • Nike
  • Pirelli
  • Santista
  • O termo menor é utilizado nas notas desta publicação (sempre em itálico e procedido de sic) com o objetivo de reproduzir com o máximo de fidelidade os textos e títulos publicados pelos jornais e revistas. Esta palavra, apesar de ser normalmente utilizada como abreviação de menor de idade, foi banida do vocabulário de quem defende os direitos da infância, pois remete à doutrina da situação irregular ou do direito penal do menor, ambas revogadas. Além disso, possui carga preconceituosa por quase sempre se referir apenas a crianças e adolescentes infratores ou em situação de risco. Os termos adequados são criança, adolescente, menino e menina.

    O clipping Investimento Social Privado – Cobertura da Mídia é atualizado de segunda a sexta-feira. O informativo algumas vezes traz notícias veiculadas em dias anteriores devido ao atraso com que os jornais de regiões mais distante chegam a Brasília. Todos os títulos originais das matérias foram mantidos.

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