Segunda-feira, 7 de janeiro de 2002

Por: GIFE| Notícias| 07/01/2002

Amarelinha ilustra campanha para Empresa Amiga da Criança

A partir deste mês, a Fundação Abrinq lança uma nova campanha publicitária de adesão ao programa Empresa Amiga da Criança inspirada no jogo infantil da amarelinha. Serão apresentados comerciais para televisão e rádio, além de anúncios em jornais e revistas que vão divulgar os dez pulos – ou compromissos – que as empresas devem assumir para se tornarem Empresa Amiga da Criança. Os compromissos a serem atingidos englobam cinco tópicos fundamentais: trabalho infantil, educação, saúde, direitos civis e investimentos na criança. Para obter o selo, a empresa não deve empregar menores de 16 anos, não manter relações comerciais com fornecedores que desrespeitem a legislação sobre trabalho infantil, deve fornecer auxílio-creche para os filhos dos funcionários e ter investimento compatível com o faturamento em ações voltadas para crianças e adolescentes, entre outros.

Campanha – Criada voluntariamente pela agência publicitária McCann-Erickson, a campanha vai além da veiculação em mídia. Foram produzidos materiais para serem utilizados dentro das empresas, como cartazes, jogos americanos, mouse pads e folhetos. A Telefônica aderiu à campanha e adaptou seus cartões telefônicos. A partir de agora, cada pulo irá ilustrar uma série de 11 cartões. (Folha de S. Paulo, p. C3, 7/1)

Temas sociais permeiam as compras

Estimulados pelo modelo americano de marketing, os consumidores passaram anos em busca apenas de conveniência e preço. Hoje, têm preocupações crescentes enquanto cidadãos. Estão sensíveis a questões sociais e ambientais. Querem mais do que descontos e novos modelos ou sabores. Não é mais possível tratar as pessoas como se elas fossem, em determinados momentos, consumidoras e, em outros, cidadãs, diz Doug Miller, presidente da Environcs International, empresa de pesquisa canadense que desde 1999 realiza estudos globais sobre responsabilidade social corporativa. A gestão socialmente responsável dos negócios é um poderoso instrumento para estimular a lealdade à marca. Ela ajuda os consumidores a harmonizar suas preocupações enquanto cidadãos com seus hábitos de compra, explica. Os dados levantados pela Environics e seus parceiros em mais de 20 países nas duas últimas pesquisas realizadas mostram que a percepção do público em relação ao papel social das empresas tem reflexos que vão além das decisões imediatas de compra. Algumas companhias globais já seguem este caminho. Caso da Ford Motor Company, que integra ao lado de IBM, Nortel, Dow e Johnson, entre outras, a lista de clientes da Environcs. (Valor Econômico, 4/1)

Empresas de Wall Street passam a investir em filantropia

Algumas empresas de Wall Street – American Express, Charles Schwab Inc., Deutsche Bank, Eaton Vance, Goldman Sachs, Merrill Lynch, Morgan Stanley e o Vanguard Group – lançaram iniciativas recentes para ajudar os clientes a tomarem decisões filantrópicas, papel geralmente desempenhado por fundações comunitárias, que conhecem melhor as necessidades da população. A nova tendência foi bem recebida por especialistas em filantropia e deverá impulsionar as doações em geral. O recém-lançado Calvert Giving Fund permite que os doadores coloquem seu dinheiro em investimentos comunitários como moradias populares e microempreendimentos. (Informativo Ethos, 4/1)

Para Milu Villela, brasileiros estão descobrindo vocação social

Em artigo, Milu Villela, presidente do Comitê Brasileiro para O Ano Internacional do Voluntário, afirma que os brasileiros estão descobrindo sua vocação social. Basta olhar para o mundo corporativo para perceber esta mudança. Grande parte do contingente da s companhias privadas que operam no País está realizando um prodigioso trabalho junto a comunidades carentes, dedicando tempo e esforços de seus colaboradores a projetos sociais. Milu cita dados da pesquisa do Ipea que mostra que, das 782 mil empresas privadas do País, 462 mil (59%) já realizam alguma atividade social. Para ela, a responsabilidade social está na ordem do dia. (Revista IstoÉ, p. 50, 7/1)

Projeto ensina jovens a construir site de música

Inclusão digital é o desafio de um projeto conjunto da Hewlett-Packard Brasil, Fundação Abrinq e as associações Cidade Escola Aprendiz e Meninos do Futuro. Desde novembro de 2001, unindo música e tecnologia, 120 jovens de 14 a 24 anos estão construindo um portal musical (a homepage da Meninos do Futuro), fazendo cursos de capacitação profissional e aprendendo noções de Internet. Em quatro grupos, eles freqüentamduas vezes por semana o projeto Garagem Digital. Nas quatro horas de aula, são acompanhados por webmasters, educadores, engenheiros, psicólogos e voluntários. O projeto teve investimento, na fase inicial, de US$ 250 mil. (Folha de S. Paulo, p. C3, 7/1)

Fundação Ford lança programa de bolsas para cursos de pós-graduação

A Fundação Ford está trazendo para o Brasil o seu Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação, que hoje contempla estudantes de 20 países. O objetivo é facilitar o acesso de alunos que, por razões econômicas ou educacionais, não conseguem ingressar nos cursos de mestrado e doutorado. Para os brasileiros, numa primeira etapa que começa este ano, serão destinadas 42 bolsas. Todas serão oferecidas a estudantes residentes nas regiões Norte ou Nordeste, ou que sejam de origem negra ou indígena. Apesar do programa ser internacional, cabe a cada país participante definir seu público alvo. A intenção da Fundação Ford é oferecer para os brasileiros até 2007, quando se encerra o programa internacional, 28 bolsas anualmente. A seleção dos candidatos será feita em várias etapas. O programa internacional conta com um fundo total de US$ 280 milhões, para serem utilizados em dez anos. (Valor, p. D3, 7/1 – Stela Campos)

Índios baniwas ganham prêmios por sua cestaria

Os índios baniwas, etnia que vive às margens do rio Içana, quase na fronteira do Amazonas com a Colômbia e a Venezuela, descobriram a arte de vender cestaria. Com isso, ganharam prêmio e menção honrosa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no final do ano passado. A arte dos índios concorreu com 720 inscritos na premiação e levou R$ 20 mil com a vitória na categoria Gestão Pública. O montante, patrocinado pela Ford e pelo BNDES, soma-se a outros R$ 7 mil conquistados em outra premiação, na categoria Idéia Inovadora em Mobilização de Recursos, do Prêmio Empreendedor Social Ashoka-McKinsey. O objetivo do prêmio da Ashoka, uma organização internacional sem fins lucrativos, é promover conceitos de negócios inovadores e capacitar Organizações da Sociedade Civil (OSCs) a desenvolver planos de negócios para seus projetos sociais, envolvendo sustentabilidade e planejamento profissional. (Valor, p. D4, 7/1 – Flávio Sampaio)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

  • Ford Motor Company
  • IBM
  • Nortel
  • Dow
  • Johnson
  • American Express
  • Charles Schwab Inc.
  • Deutsche Bank
  • Eaton Vance
  • Goldman Sachs
  • Merrill Lynch
  • Morgan Stanley
  • Vanguard Group
  • Fundação Abrinq
  • Telefônica
  • McCann-Erickson
  • Hewlett-Packard Brasil
  • Fundação Ford
  • Ashoka-McKinsey
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