Segunda-feira, 9 de abril de 2001

Por: GIFE| Notícias| 09/04/2001

O voto imune à corrupção

Em artigo, o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, disserta sobre as reformas políticas, como o financiamento público de campanhas e o aumento do prazo de filiação partidária, que devem ser entendidas no quadro mais amplo da radicalização da democracia. O presidente afirma que com o surgimento de outras formas de participação da cidadania, como o chamado Terceiro Setor, os partidos políticos precisam encontrar maneiras de se reaproximar da população e revigorar o vínculo representativo, até porque, ao contrário das ONGs, os partidos buscam, por meio de seus programas, refletir o interesse geral, e não agendas especializadas ou parciais. (O Estado de S. Paulo, p. A5, 8/4)

Consumidor cobra mais das empresas

Pesquisa realizada pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, que relacionou a percepção dos consumidores brasileiros com a atuação social das empresas e a influência nas relações de consumo, revelou que 49% dos entrevistados não voltariam jamais a comprar produtos ou serviços de empresas que fazem propaganda enganosa. Outros 43% reprovam empresas que causam danos físicos ou morais aos seus trabalhadores, 42% não concordam com organizações que colaboram com políticos corruptos e 27% protestam contra instituições que poluem o meio ambiente. (Jornal de Brasília, p. A9,7/4)

Programa forma 115,6 mil estudantes no Ceará

Foram diplomados ontem, em todo o estado do Ceará, 115,6 mil alunos. Desses, 79.731 concluíram o ensino fundamental e 82.234 o ensino médio por meio do programa Tempo de Avançar, realizado em parceria com o governo do estado e a Fundação Roberto Marinho. O programa usa a metodologia do Telecurso 2000 e foi concebido para corrigir a defasagem entre a idade do aluno e a série em que ele se encontra matriculado. (Valor Econômico, p. A2, 9/4 – Maria Inês Nassif)

Moradores carentes terão aulas de internet

O programa Cuiabagente.net, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá, começará a funcionar no dia 21 de abril e já conta com a colaboração de 13 empresas locais. A iniciativa tem como objetivo capacitar a comunidade da periferia para acessar a internet. As empresas parceiras irão instalar linhas telefônicas, cabines e terminais para os cursos, ceder equipamentos e vales-transporte para o deslocamento dos alunos. A prefeitura vai entrar com o trabalho voluntário de 100 servidores. (Gazeta Mercantil, p. DF 5, 9/4 – Silvana Ribas)

Função social das empresas

Em editorial, o jornal Correio Popular, de Campinas-SP, afirma que as empresas estão absorvendo novos parâmetros de atuação e contribuindo, substantivamente, para o provimento das necessidades sociais. O acesso ao mercado de trabalho por parte dos jovens de famílias pobres é um dos problemas que tem ganho abordagem operativa por parte do Senac, da Fundação das Entidades Assistenciais de Campinas (Feac) e das prefeituras de Valinhos e Vinhedo, com o apoio de 170 empresas de Campinas e outras 230 de Valinhos, Vinhedo, Jundiaí, Itapira, Mogi Guaçu e São João da Boa Vista. Trata-se do projeto Empresa que Educa, que acolhe centenas de adolescentes e oferece a eles conhecimentos profissionais e experiência para entrar no mercado de trabalho. (Correio Popular-SP, p. 2, 2/4)

Emissoras aderem ao social aos poucos

A TV conseguiu fazer muitas pessoas que nem eram fãs do Ayrton Senna chorarem com a sua morte. Imagina o que não poderia fazer se resolvesse conscientizar as pessoas de que não pode haver crianças passando fome, por exemplo. A frase, do criador da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, e atual presidente do Instituto Ethos, Oded Grajew, tenta resumir a influência que o veículo poderia ter na ajuda à ação do chamado Terceiro Setor. A televisão parece, aos poucos, estar se dando conta de seu papel. Um dos sinais é o crescente número de programas que se dedicam a mostrar projetos sociais que partem do Terceiro Setor. O mais recente é o Social Clube, da ESPN Brasil, que estreou há dois sábados e tem como objetivo mostrar iniciativas de cunho social ligadas ao esporte. (< a href=http://www.http://www.folhaonline.com.br/ target=_blank>Folha de S. Paulo, TV Folha, p. 9, 8/4 – Cláudia Croitor)

ONGs: o outro lado

As organizações não-governamentais têm um papel fundamental no Brasil de hoje. As entidades sem fins lucrativos movimentam R$ 11 bilhões e empregam um milhão de pessoas em todo o País. A maioria das pessoas sabe que pode, e deve, cobrar eficiência de uma escola ou repartição pública, mas desconhece que isso também vale para entidades filantrópicas, especialmente quando recebem dinheiro do Governo. Neste ano, duas CPIs devem começar a investigar a atuação do Terceiro Setor. A primeira foi aberta no Senado Federal para apurar a interferência de ONGs em questões indígenas, ambientais e de segurança nacional. A outra deve investigar irregularidades no uso do FAT.Antes da doação – A maioria dos desvios envolvendo ONGs está relacionada ao Governo e não a doações de pessoas ou empresas. De qualquer forma, antes de assinar o cheque, tome alguns cuidados para garantir que o dinheiro seja bem aplicado: certifique-se de que a entidade é auditada por uma empresa conhecida e respeitada; atue como voluntário por algumas semanas; informe-se sobre o número de voluntários da entidade; evite doações por impulso, campanhas de telemarketing das entidades. Escolha a entidade, em vez de ser escolhido por ela; doe inicialmente um valor pequeno e vá aumentando sua doação na proporção que o seu conhecimento sobre a organização for aumentando e, por último, consulte o Guia da Filantropia no site www.filantropia.org. (Única, p. 70-76, abril/2001 – Andréia Peres)

319 futuros salvos

O projeto Pró-Criança Cardíaca está no seu quinto ano e apresenta resultados impressionantes. Desde 1996, o programa já salvou 319 crianças de famílias sem recursos, que precisam se submeter a cirurgias cardíacas. A dificuldade que tivemos foi organizar, implantar e ter domínio dessas famílias. Aqui oferecemos alimentação, roupas, brinquedos, berços para as famílias e medicamentos, afirma a médica Rosa Célia Pimentel Barbosa, idealizadora e responsável pelo projeto. O Pró-Criança Cardíaca conta com o patrocínio da Eletrobrás, Amil, Icatu, BNDES e Opportunity. (No. – Silande Monteiro)

Ajudando a ensinar

Ruth Cardoso e Regina Esteves, superintendente do Programa Alfabetização Solidária, recebem hoje, dia 9/4, em Brasília, adesão de novos parceiros ao programa. A entrada de empresas como Ericsson, Pátio Brasil Shopping, Kaiser, Shopping Penha, Promom, Fundação Orsa, Ford, Telemar e AmBev vai permitir atender mais 117 mil novos alunos em todo o País. (O Estado de S. Paulo, p. D11, 7/4 – Cesar Giobbi)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

  • AmBev
  • Amil
  • Eletrobrás
  • Ericsson
  • ESPN Brasil
  • Ford
  • Fundação das Entidades Assistenciais de Campinas (Feac)
  • Fundação Orsa
  • Fundação Roberto Marinho
  • Icatu
  • Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
  • Kaiser
  • Opportunity
  • Pátio Brasil Shopping
  • Promom
  • Senac
  • Shopping Penha
  • Telemar
  • O termo menor é utilizado nas notas desta publicação (sempre em itálico e procedido de sic) com o objetivo de reproduzir com o máximo de fidelidade os textos e títulos publicados pelos jornais e revistas. Esta palavra, apesar de ser normalmente utilizada como abreviação de menor de idade, foi banida do vocabulário de quem defende os direitos da infância, pois remete à doutrina da situação irregular ou do direito penal do menor, ambas revogadas. Além disso, possui carga preconceituosa por quase sempre se referir apenas a crianças e adolescentes infratores ou em situação de risco. Os termos adequados são criança, adolescente, menino e menina.

    O clipping Investimento Social Privado – Cobertura da Mídia é atualizado de segunda a sexta-feira. O informativo algumas vezes traz notícias veiculadas em dias anteriores devido ao atraso com que os jornais de regiões mais distante chegam a Brasília. Todos os títulos originais das matérias foram mantidos.

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