Segurança econômica e a vontade de doar

Por: GIFE| Notícias| 11/08/2008

Rory Tolentino*

De acordo com pesquisas sobre os Norte-americanos mais ricos conduzida pelo Center on Wealth and Philanthropy, de Boston College, existe uma forte correlação entre os sentimentos de seguridade econômica e a vontade de doar.

Em 2006, Paul Schervish que gerencia o Centro e seu colega John Havens concluíram que 98%, em média, das famílias Americanas que ganham menos que US$ 300.000 fazem doações de 2,3 % do seus para caridade. Das famílias que ganham acima de US $ 300.000, como 4,4%, enquanto as que ganham de US$ 400.000 a US$ 499.000 por ano, 5,5%. Com maiores as estatísticas não são confiáveis por causa do tamanho das amostras.

Mais recentemente, usando a doação da Fundação Bill & Melinda Gates, o Centro realizou uma pesquisa nos muito ricos, aqueles que possuem pelo menos 25 milhões de dólares, chamada As Alegrias e os Dilemas da Riqueza (o estudo ainda está em curso). Entre as perguntas incluídas está “”Qual é o nível mínimo de valor do patrimônio líquido que precisaria para se sentir extremamente seguro?””.

A resposta varia de acordo com as circunstâncias de quem responde. Alguns com US$ 50 milhões investidos num negócio poderão sentir-se mais precários que uma pessoa com um estilo de vida modesto e US$ 5 milhões a salvo em investimentos.

Numa recente entrevista publicada no New York Times, Schervish falou sobre a pesquisa como sendo não apenas um simples estudo de caso, mas como uma maneira de estimular os respondentes a refletirem sobre as suas doações. Um grupo de ricos indivíduos que estavam testando a versão mais antiga da pesquisa, disse que as perguntas os faziam pensar muito sobre suas escolhas de filantropia.

Ele acreditava que é possível que ao aumentar as doações poderia levar a um tipo de despertar espiritual entre os norte-americanos muito ricos. “”Esta é a minha definição básica de filantropia: é prestar atenção e responder às necessidades dos outros precisamente porque essa pessoa está precisando,”” disse.

Certamente, tanto os ricos como os pobres podem fazer isso, mas os muito ricos fazem, disse Schervish, gerando não somente ondas como também poderosas correntes.

Para mais informações: www.be.edu/research/cwp/features/wealthsurvey.html

*Rory Tolentino é Diretor Executivo da Ásia Pacific Philanthropy Consortium e editor convidado desta edição da Alliance. E-mail: [email protected]

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