“Sem equidade na educação, ampliam-se as desigualdades no país”, diz Ricardo Henriques, do Instituto Unibanco, em painel no Congresso do Gife

Por: InstitutoUnibanco| Notícias| 05/04/2016

O painel “Equidade de gênero e raça na educação”, realizado no último dia do 9º Congresso do Gife (01/04), reuniu representantes de cinco instituições que atuam com o objetivo de promover a equidade nas escolas públicas do país, em especial no Ensino Médio, e colocou em discussão como a parceria entre o Investimento Social Privado (ISP), a academia e os fundos independentes pode contribuir para enfrentar os desafios das desigualdades. Participaram do evento, o superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, Amália Fischer, do Fundo Social Elas, Bernardete Gatti, da Fundação Carlos Chagas, Hélio Santos, do Fundo Baobá, e Valter Silvério, da Universidade Federal de São Carlos.

“Estamos aqui para enfrentar um dos grandes desafios de uma sociedade que avançou no acesso à educação, mas nunca enfrentou o padrão de desigualdade que temos. Nosso desafio é pensar como uma gestão pode fazer com que a qualidade do ensino melhore ao mesmo tempo em que a desigualdade diminua”, disse o superintendente executivo do Instituto Unibanco, dando o tom do evento.

Hélio Santos, do Fundo Baobá, também afirmou: “Nada é mais desigual do que tratar todos igualmente”. Santos destacou na sua apresentação que um país, no qual são produzidos inúmeros craques de futebol, pode ter destaques em qualquer área. “Fazer junto o melhor, da melhor maneira, é não desperdiçarmos nossos talentos”, concluiu.

Nos últimos dois anos, o Instituto Unibanco promoveu editais voltados para a equidade na educação, explorando a arquitetura de parceria entre Investimento Social Privado (ISP), a academia e os fundos independentes. Em 2014, foi lançado o edital “Gestão Escolar para Equidade: Juventude Negra”, com a Universidade Federal de São Carlos e o Fundo Baobá, e em 2015, o “Elas Nas Exatas”, com o Fundo ELAS e a Fundação Carlos Chagas.

O modelo tripartite de parceria foi destacado como fundamental para trabalhar a questão da equidade por Bernardete Gatti, da Fundação Carlos Chagas. “A ideia de poder integrar e interagir as diferentes expertises para uma ação mais coerente é importante. É um modelo que quebra paradigmas. Esta iniciativa poderia ser uma inspiração para outras parcerias efetivas”, disse Bernardete. “Considerar as diversidades não é tolerar as diferenças sociais e educacionais”, completou.

Amália Fischer, do Fundo Social Elas, expressou a esperança de que mais institutos e fundações apoiem causas ligadas às questões de gênero. Já Valter Silvério, da UFSCAR, destacou durante o painel a importância de a gestão escolar estar aliada ao desenvolvimento e implementação de projetos voltados à equidade na educação. “Os projetos mais bem sucedidos são aqueles em que a gestão está junto com o seu desenvolvimento. Quando ela está ausente os projetos não têm núcleo condutor. Com a gestão escolar presente, faz-se muito com muito pouco”, disse.

 

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