Seminário discute educação integral no Brasil

Por: GIFE| Notícias| 17/11/2014

Na última sexta-feira, a Fundação Itaú Social, com o apoio do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC), promoveu em São Paulo (SP) o Seminário Internacional Educação + Participação = Educação Integral. O evento, gratuito e aberto ao público, colocou em pauta a relevância da educação integral para otimizar a aprendizagem dos alunos e contou com a participação de gestores de ONGs, educadores e profissionais da educação pública.

O seminário teve como objetivo contribuir para o direcionamento de políticas públicas voltadas à educação integral e, para isso, reuniu palestrantes nacionais e internacionais, especializados em educação e políticas educacionais, que contribuíram para o enriquecimento dos debates.

Entre os palestrantes, a analista de políticas educacionais da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Diana Toledo Figueroa; a especialista em política urbana e gestão em educação pela Universidade da Pensilvânia, Jessica Donner, que também é diretora executiva da Every Hour Counts; a mestranda em Educação e Currículo pela PUC-SP e ex-secretária de Educação das Prefeituras de Diadema (SP) e de Embu das Artes (SP) e membro da diretoria da Undime-SP, Lucia Couto; o especialista canadense em engajamento comunitário juvenil, Adam Fletcher; a professora de pós-graduação da Universidade de Integração da Amazônia (Uniam), Isa Guará; e a secretária de educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão do Ministério da Educação, Macaé Evaristo, entre outros.

Ao longo do evento, foi apresentado um panorama sobre essa concepção de educação e os desafios relacionados à articulação entre organizações não governamentais (ONGs) e escolas públicas para promoção do desenvolvimento integral de crianças e adolescentes.

Na abertura do seminário, Maria Alice Setubal, presidente do conselho de administração do CENPEC, reforçou a importância de se discutir o tema, principalmente porque a educação integral faz parte de uma das metas do PNE (Plano Nacional de Educação). Ela destacou, ainda, a oportunidade que o evento traz para o compartilhamento de experiências e aprendizados internacionais, que podem inspirar as ações no país.

Maria Alice Setubal também ressaltou a necessidade de criar condições para que possamos avançar em políticas para a promoção da educação integral, destacando que devemos levar em consideração as diversidades do país e o enfrentamento das desigualdades educacionais. Além disso, comentou sobre a importância da mobilização social, tanto para o fortalecimento dos atores locais, como para o envolvimento dos gestores municipais nessa conversa. E, por último, reforçou que é fundamental construir e consolidar uma proposta de currículo para a educação integral que contemple as demandas e anseios dos estudantes.

A primeira mesa temática do seminário apresentou um panorama e tendências de políticas de educação integral nacional e internacionalmente, reunindo as palestrantes Diana Toledo Figueiroa, Jessica Donner e Lucia Couto. O debate abordou como o sistema educacional, escola e parceiros da comunidade podem trabalhar juntos para ajudar os alunos a atingirem o seu potencial educacional.

“O sistema educacional, as escolas e a comunidade devem se apoiar para promover a qualidade no ensino. É muito importante que escolas e comunidades se interliguem”, explicou Diana Toledo Figueiroa, analista de políticas educacionais da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

No período da tarde foram realizadas, simultaneamente, três mesas temáticas. Um dos debates teve como tema a “Articulação entre ONG e Escola Pública pelo Desenvolvimento Integral de Crianças e Adolescentes” e promoveu uma discussão sobre a parceria entre ONGs e escola, suas potencialidades, limites e possibilidades de ação conjunta para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes.

Ao mesmo tempo, outra mesa aprofundou as reflexões sobre como as propostas pedagógicas na educação integral podem ampliar as oportunidades de aprendizagem e promover o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes em todas as suas dimensões.

A terceira mesa abriu espaço para as reflexões sobre as relações entre os jovens, os cenários urbanos, os modelos educacionais e seus desdobramentos.

Ao longo do dia, as diversas atividades programadas para o encontro colocaram em pauta um tema que, por vezes, escapa à agenda nacional, a educação integral. Em suma, os debates apontam para o desafio da qualidade, após a conquista da universalização do acesso. Uma reflexão tão desafiadora quando relevante para a construção do futuro do Brasil.

Quem quiser se aprofundar no assunto, pode acessar conteúdos sobre o seminário no site da iniciativa.

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