Sexta-feira, 8 de junho de 2001
Por: GIFE| Notícias| 08/06/2001Ganhos e perdas de quem investe no social
Simon Zadek, presidente do Institute of Social and Ethical AccountAbility, afirmou em sua palestra durante a Conferência Nacional 2001 de Empresas e Responsabilidade Social que para casar com sucesso o investimento social privado e a prosperidade há alguns segredos. Primeiro, a empresa precisa reconhecer seus calcanhares-de-aquiles e investir para eliminá-los. Em seguida, deve buscar estratégias de investimento para o público externo que combinem com o seu negócio ou sua clientela. Deve, ainda, criar parcerias que ampliem seus esforços, inclusive junto à concorrência. Por fim, recomenda que as corporações avaliem periodicamente suas atividades e adotem instrumentos que as ensinem a aprender rapidamente com seus erros, afirmou Simon. (Gazeta Mercantil, p. A-5, 8/6 – Regina Scharf)
Novas regras para doar
Os financiadores de projetos sociais aumentaram as exigências e estão atentos para a eficácia das atividades na hora de doar recursos. As empresas e fundações desenvolvem critérios para seleção dos projetos e avaliam seus impactos. O diretor técnico da Fundação O Boticário, Miguel Milano, explica que as entidades lhe pedem entre US$ 4 milhões e US$ 6 milhões por ano e que somente cerca de 6% da demanda é atendida. O orçamento, proveniente de doações voluntárias das lojas da rede, é de R$ 2 milhões neste ano, sendo R$ 500 mil para projetos ambientais. Luiz Gonzaga Leal, diretor-superintendente da Telemig Celular, lembra a importância do retorno para a companhia. Além da eficiência social, ele diz que os projetos selecionados têm que ter visibilidade, escolher um público-alvo que interesse à empresa, possam aproveitar leis de incentivo e tenham relação com o negócio da empresa. Outra forma de limitar os investimentos é definir bem o foco de ação. A Fundação Vale do Rio Doce, por exemplo, restringe o apoio à educação e busca os projetos que vai financiar. Tínhamos aproximadamente 110 projetos. Hoje são 10, diz Luiz Antônio de Godoy, diretor da Fundação. (Gazeta Mercantil, p. A-5, 8/6 – Regina Scharf)
Prêmio por investir no social
O desempenho financeiro e os investimentos na área social renderam três diferentes prêmios à Tele Centro-Oeste Celular (TCO). A holding foi escolhida destaque do ano no segmento operadoras de serviço móvel celular, segundo o Anuário Telecom 2001/2202 e premiada com os três primeiros lugares na seleção das melhores empresas de telecomunicações, segundo avaliação da revista Forbes Brasil. A TCO também recebeu da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) dois prêmios Top Social, por projetos realizados em parceria com o Instituto Ayrton Senna. (Gazeta Mercantil, p. DF 1 e DF 8, 8/6 – Alessandro Mendes)
Instituto Ethos acerta parceria com Sebrae
O Instituto Ethos e o Sebrae assinaram acordo de cooperação durante a Conferência Nacional 2001 de Empresas e Responsabilidade Social, em São Paulo. O objetivo é mobilizar micro e pequenas empresas para que adotem políticas e práticas relativas às agendas da responsabilidade social empresarial. Essa deve ser preocupação de empresas de todo o tamanho. É preciso superar a visão de que somente as grandes empresas devem estar atentas para as questões sociais, disse Oded Grajew, presidente do Instituto Ethos. (Folha de S. Paulo, p. B10; Valor Econômico, p. B2 – 8/6)
Companhia com responsabilidade social se destaca no marketing
A discussão sobre o papel da propaganda na responsabilidade social atraiu grande público no ciclo de palestras da Conferência Nacional 2001 de Empresas e Responsabilidade Social, promovida pelo Instituto Ethos. O presidente do grupo Talent, o publicitário Júlio Ribeiro, alertou que usar a propaganda para promover as causas sociais das empresas exige muito critério e ética. Ele cita um de seus clientes, O Boticário, como uma empresa cujos resultados de vendas e estratégia de comunicação estão alinhadas com a filosofia da ética social. A organização é hoje uma referência no uso de ações de preservação do meio ambiente em prol de sua imagem como fabricante de perfumes e cosméticos. Neste ano, O Boticário va i investir mais 40% em marketing, com verba de R$ 50 milhões. Outras empresas também estão colhendo frutos de reposicionamento da imagem a partir de ações sociais. É o caso do Pão de Açúcar. A rede, que pretende investir R$ 6 milhões em atividades do terceiro setor, tem construído nos últimos anos uma nova relação com o consumidor. A empresa está investindo em atividades ligadas à educação, esporte, reciclagem de lixo e preservação do meio ambiente. (Valor Econômico, p. B2, 8/6)
Febem ganha Escola de Informática e Cidadania
Adolescentes infratores internos do Complexo de Tatuapé começaram esta semana a ter um contato mais próximo com o mundo da informática. O Comitê para a Democratização da Informática (CDI), em parceria com a Câmara Americana de Comércio (Amcham-SP), PriceWaterhouseCoppers e a Febem, criou a primeira Escola de Informática e Cidadania dirigida para adolescentes infratores e que associa o ensino da informática aos conceitos básicos de cidadania como direitos humanos, ecologia, sexualidade, saúde e não-violência. O objetivo é procurar garantir uma melhor posição no mercado de trabalho e abrir uma porta para um futuro melhor dos adolescentes. O CDI é o responsável pela metodologia de ensino e acompanhamento técnico-pedagógico; a Câmara Americana de Comércio se encarregou da doação de computadores e a consultoria PriceWaterhouseCoppers ofereceu instrutores, que vão atuar como voluntários. (Valor Econômico, p. B2, 8/6)
Parceria amplia acesso à informática na Bahia
A democratização do acesso às tecnologias da informação e da comunicação ganhou mais uma força em Salvador. Foi inaugurado no dia 6/6 o Núcleo de Informática e Cidadania, criado a partir de uma parceria entre o Liceu de Artes e Ofícios da Bahia e a Fundação Microsoft, que investiu R$ 89 mil na implantação do espaço. O projeto espera atingir 2,8 mil usuários até o final do ano, entre eles, jovens com idade entre 15 e 21 anos. A iniciativa marca o início das atividades da empresa de capital norte-americano no segmento do Terceiro Setor baiano. A Microsoft espera aplicar US$ 5 milhões em projetos educacionais nas regiões Norte e Nordeste. (Correio da Bahia, p. Aqui Salvador 3, 7/6; Gazeta da Bahia, p. 4, 7/6 – Flávio Novaes)
Parceria gera bons resultados para criança e adolescentes
O trabalho de marketing social, mais conhecido como responsabilidade social das empresas, têm dado bons resultados. A parceria geralmente é feita entre a empresa e órgãos públicos ou ONGs. Segundo estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), 81% das empresas mineiras estão envolvidas nesse trabalho. Um parceria entre a Maxitel, Governo, Secretaria de Assistência a Criança e ao Adolescente (Setascad) e Associação Elos pretende beneficiar 10 mil crianças de Minas, priorizando as regiões mais pobres como Vale do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas. (O Tempo-MG, p. 6, 7/6)
Caridade
O Unibanco promoveu ontem (7/6) em Santa Catarina, um evento no qual fez três doações. A primeira foi um cheque de R$ 80 mil, por meio dos recursos do Fundo da Infância e do Adolescente (FIA), que será doado para a Secretaria do Estado do Desenvolvimento Social e da Família, para a execução de projetos sociais. O segundo beneficiado foi a Associação Catarinense para o Desenvolvimento Social, que recebeu um centro de educação ambiental para crianças e adolescentes. O banco vai doar ainda R$ 30 para cada nova conta aberta em Santa Catarina. Os recursos serão administrados pela Sociedade Amigos da Polícia Militar para o Programa Educacional de Resistência às Drogas e Violência, o Proerd. (Diário Catarinense, p. 39, 6/6)
Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje: