Neste cenário de evidência de novos tempos, David Zylbersztajn e Clarissa Lins lançam o livro Sustentabilidade e Geração de Valor – a Transição para o século XXI, pela editora Campus-Elsevier.

Os organizadores apontam caminhos possíveis, sob a ótica de diferentes atores que vêm contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país, e reúnem artigos de pessoas engajadas e atuantes neste tema.

Israel Klabin, Sérgio Abranches, Celso Lemme, Gesner Oliveira, Marcelo Morgado, José Luiz Alquéres, Jerson Kelman e Célia Rosemblum refletem sobre a evolução da sustentabilidade no país. O livro traz ainda as visões contundentes de Roger Agnelli, Sérgio Besserman e Antônio Maciel Neto, que assinam respectivamente o prefácio, a orelha e a quarta-capa.

“Há uma percepção uníssona por parte dos autores de que a sustentabilidade é uma tendência no mundo dos negócios e uma agenda fundamental vinculada ao compromisso com as gerações futuras. Esta é a agenda do Brasil do século XXI, em função da riqueza de seus recursos naturais, da formação dos gestores, da capacidade inovadora de suas empresas e das políticas públicas que podem tornar o Brasil líder da agenda da sustentabilidade”, atesta David Zylbersztajn.

“Nossa intenção é contribuir para a disseminação de boas práticas de gestão no país, por meio de visões diversas e complementares, sobre um dos temas de maior relevância na atualidade. É necessário que empresários e dirigentes responsáveis pelas estratégias empresariais – que se traduzem em ações concretas – estejam absolutamente convencidos de que o sucesso de seus negócios depende da implementação de uma gestão sustentável”, afirma Clarissa Lins.

O primeiro capítulo traz uma entrevista concedida pelo ambientalista Israel Klabin, presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável – FBDS, que coloca em xeque o atual modelo econômico e nos convoca a pensar em uma nova ética para esses novos tempos.

“Agenda climática, sustentabilidade e desafio competitivo”, escrito pelo cientista político, Sérgio Abranches, sentencia: as empresas que agirem mais rapidamente auferirão vantagens competitivas.

Celso Funcia Lemme, professor do Instituto COPPEAD de Administração, da Universidade Federal do Rio de Janeiro é autor do terceiro capítulo, que trata da aparente resistência de grande parte das empresas em adotar essa agenda.

Jerson Kelman, atual presidente da Light e ex-diretor geral da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência de Energia Elétrica (ANEEL), aborda o tema “Agências reguladoras e a responsabilidade socioambiental”.

Autor de “Sustentabilidade na Indústria de Petróleo e Gás: o papel do Estado e das empresas”, Helder Queiroz Pinto Jr., professor do Instituto de Economia da UFRJ, acredita que o Estado é fundamental na definição de diretrizes de política energética e na aplicação dos instrumentos fiscais.

O empresário José Luiz Alquéres, ex-presidente da Light, assinou o capítulo “A cultura empresarial de sustentabilidade no setor elétrico”, usando a experiência de sua administração à frente da empresa.

“Sustentabilidade e estratégia empresarial no Brasil: aspectos da experiência recente da Sabesp” foi escrito por Gesner Oliveira e Marcelo Morgado, presidente e assessor de meio ambiente da presidência da Sabesp.

O último capítulo, “O papel da mídia na promoção da sustentabilidade”, traz uma visão peculiar da jornalista Célia Rosemblum, editora do Valor Econômico, e aponta desafios da imprensa em vencer opiniões arraigadas que estão no caminho das possíveis notícias que abordam a sustentabilidade.

O livro, à vanda em qualquer livraria, traz ainda um glossário sobre os principais termos que envolvem o tema da sustentabilidade.