Terça-feira, 12 de março de 2002
Por: GIFE| Notícias| 12/03/2002Investimento social e respeito a valores
Em artigo, Anamaria Schindler, vice-presidente internacional de parcerias estratégicas da Ashoka Empreendedores Sociais, afirma que a Ashoka é uma organização sem fins lucrativos internacional que trabalha com o conceito de capital de risco desde sua fundação, na Índia, em 1981. Há vinte anos as palavras-chave conceitos e valores eram impensáveis para a área social. De acordo com a articulista, tais conceitos e valores são os de empreendedorismo social – termo ainda não oficial no dicionário brasileiro, inovação, mudança de paradigmas e impacto social. A vinculação entre empreendedores sociais e empresários é também um foco especial da organização. Desde então, a Ashoka vem aplicando a idéia de capital de risco por meio de um pequeno investimento feito ao empreendedor social, no momento em que ele ou ela já testou uma idéia inovadora capaz de gerar alto impacto social e quer torná-la um projeto social regional ou nacional. Este investimento é feito na forma de uma bolsa-salário mensal, por três anos, cujo valor é calculado com base nas despesas pessoais do indivíduo, tendo um teto máximo variável de país para país. Não é um investimento no projeto, mas sim no indivíduo, empreendedor social como profissional do terceiro setor. A Ashoka faz isto com respeito máximo às decisões do empreendedor social, à sua agenda social, ao seu ciclo de vida profissional e de desenvolvimento. Atuante no Brasil desde 1986, já selecionou e investiu em cerca de 200 empreendedores sociais em vários campos da área social. O retorno deste investimento não é medido financeiramente, mas sim em termos de mudanças sociais efetivas, resultantes de uma idéia inovadora executada por um empreendedor dedicado à área social. O retorno se dá em indicadores sociais tais como hectares de florestas preservadas, qualidade de aprendizagem na escola, diminuição de reincidência em presídios, por exemplo. (Valor Econômico, p. B2, 12/3)
Globalização chega às ações sociais
Preocupadas com o movimento de integração mundial e a formação de economias em blocos, as multinacionais instaladas na América Latina estão adotando uma postura de responsabilidade social nos moldes de suas matrizes. O objetivo, segundo o gerente geral do Fórum Empresas e Responsabilidade Social, nas Américas, Daniel Gertsacov, é manter os padrões e regras de conduta das sedes. O diretor-presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Oded Grajew, afirma que a integração das empresas instaladas no Brasil com suas sedes pode elevar os padrões dos programas de responsabilidade social na América Latina. (Gazeta Mercantil, p. A-8, 12/3 – Carla Éboli e Lucianna Carvalho)
Presidente da CST é novo chairman de ONG empresarial
José Armando de F. Campos, presidente da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), de Vitória, será indicado, no próximo dia 19, para ser o novo chairman do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), uma ONG que reúne algumas das maiores empresas nacionais e de capital estrangeiro que operam no País. Campos vai substituir Félix de Bulhões, fundador da entidade e há cinco anos no cargo. O CEBDS tem cerca de 60 empresas associadas, trabalhando com um orçamento anual da ordem de US$ 2 milhões. Nos cinco anos de vida, o Conselho atuou em iniciativas na área ambiental e também desenvolveu ações no campo da responsabilidade social corporativa, como forma de diminuir a pobreza. (Gazeta Mercantil, p. A-8, 12/3 – Claudio R. Gomes Conceição)
Esporte: o exemplo dos bons samaritanos
Ayrton Senna, Ronaldinho, Cafú, Rivaldo, César Sampaio, Roberto Carlos, Raí, Leonardo e Popó são exemplos de atletas que têm preocupação com o social. Com projetos filantrópicos, dão exemplo e devolvem, principalmente aoslugares onde nasceram, um pouco de esperança. Por meio de iniciativas como as do Instituto Ayrton Senna, Fundação Gol de Letra, CSR Futebol e Marketing, Instituto R9 e Fundação Cafú, esses desportistas mostram que é possível fazer do Brasil um País mais justo e proporcionar, principalmente às crianças e adolescentes, uma perspectiva de vida melhor no futuro. (Jornal da Tarde-SP-SP, p. 5B, 10/3 – Wania Westphal)
Semeando o saber
A goiana Laís Fleury e as paulistanas Sylvia Guimarães e Maria Teresa Meinberg partiram, no dia 10/3, para a Amazônia. Elas vão percorrer os nove estados que formam a parte brasileira da floresta com o objetivo de montar 22 bibliotecas, em 21 escolas e um presídio da região, em um total de sete mil livros. Intitulado Expedição Vagalume, o projeto foi enquadrado na Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Elas precisavam de R$ 400 mil para desenvolver a iniciativa. A proposta foi encampada pela Fináustria, financiadora de automóveis, patrocinadora majoritária do projeto, e pela Amazônia Celular. (O Popular-GO-GO, p. Caderno Dois 1 e 3, 9/3 – Carla de Oliveira)
Para ensinar a fazer a diferença
A subsidiária brasileira da Ernst & Young, uma das maiores empresas de auditoria e consultoria do mundo, acaba de criar o Instituto Empreendedor do Ano. O objetivo é promover o conceito de empreendedorismo e as melhores práticas de quem conseguiu fazer a diferença, por meio do lançamento de livros, da divulgação de pesquisas e de cursos que poderão ser desenvolvidos com parceiros como o Instituto Ayrton Senna. Os 22 membros que compõem o novo Instituto são vencedores do prêmio Empreendedor do Ano, que a Ernst & Young confere desde 1998, em parceria com a revista Exame. (Revista Exame, p. Exame Novos Negócios 9, 6/3)
Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje: