Terça-feira, 20 de janeiro de 2004
Por: GIFE| Notícias| 20/01/2004Esporte Solidário
A fabricante de tênis Mizuno decidiu incentivar atletas famosos e empresários a apoiarem esportistas de baixa renda. A meta é ajudar, pelo menos, 500 jovens da Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Bahia. A empresa japonesa vai doar kits com bola, rede de vôlei, material para alongamento e também os uniformes necessários à prática desportiva. (Revista IstoÉ Dinheiro, 19/1 – Rosenildo Gomes Ferreira)
Verba para ONGs
As ONGs interessadas em obter financiamento têm até o dia 18 de abril para se inscrever no Concurso Rede Andi. A entidade vai patrocinar projetos como publicações, pesquisas, eventos e outros, que tenham como foco a melhoria na divulgação dos direitos da criança e do adolescente. Maiores informações no site da agência (www.andi.org.br). (Revista IstoÉ Dinheiro, 19/1 – Rosenildo Gomes Ferreira)
Telemar Recicla
A transformação de materiais descartados em cadernos e papel artesanal está ajudando a melhorar a qualidade de vida de comunidades pobres da zona sul do Rio de Janeiro. Batizado de Arte Cidadã, o programa patrocinado pelo Instituto Telemar já treinou 120 adolescentes. Ao final do curso eles formam cooperativas de trabalho. (Revista IstoÉ Dinheiro, 19/1 – Rosenildo Gomes Ferreira)
Voluntários do Bunge
O Grupo Bunge está reforçando sua aposta no terceiro setor. Neste ano, escolas públicas dos municípios de Dourados (MS), Cubatão (SP), Rio Grande (RS), Recife (PE) e Gaspar (SC) vão ser incluídas no programa Comunidade Educativa. As atividades nas áreas de meio ambiente e incentivo à leitura, além das brincadeiras, têm a participação dos funcionários da empresa. A companhia ampliou para R$ 1,2 milhão (mais 60%) o orçamento dessa área. (Revista IstoÉ Dinheiro, 19/1 – Rosenildo Gomes Ferreira)
Olhar São Paulo
Iniciativa da ONG ImageMagica, com o apoio da Unesco, o projeto Olhar São Paulo vai transformar as estações do metrô em galeria. Em fevereiro, 800 fotógrafos paulistanos vão expor suas fotografias nas estações. O trabalho procura traçar um perfil da cidade com imagens que mostram cenas do cotidiano, ligadas a temas sociais como ecologia, trabalho infantil e desemprego. (Revista IstoÉ Dinheiro, 19/1 – Rosenildo Gomes Ferreira)
Lenda Brasileiras
O Laboratório do Desenho, com o patrocínio da Vizzano (fabricante de calçados), produziu uma coleção de minilivros infantis que tem como protagonista a modelo Ana Hickman. As obras – com histórias sobre os costumes de cada cidade e as lendas brasileiras – vão ser distribuídas para ONGs de todo o País. (Revista IstoÉ Dinheiro, 19/1 – Rosenildo Gomes Ferreira)
Linha Direta
A Agência de Notícias dos Direitos da Infância e a Fundação Abrinq lançam o livro Crianças Invisíveis – O enfoque da imprensa sobre o trabalho infantil doméstico e outras formas de exploração. O livro, uma abordagem sobre a cobertura jornalística do trabalho infantil doméstico, foi publicado em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Unicef e Save the Children Reino Unido. (Diário do Pará, 20/1)
Instituto Pão de Açúcar atende 548 alunos em Fortaleza
O Instituto Pão de Açúcar de Desenvolvimento Humano, que no Ceará tem o nome de Casa Terra do Sol, atendeu ano passado, 548 alunos, em cinco cursos – Acordes Terra do Sol, Um Passo a Mais, Nossa Língua Digit@l, Futuro@eu e Esporte & Ação. Em 2004, além dos investimentos em programas, os planos incluem a estruturação e sistematização completa das atividades onde mais de 500 jovens terão a oportunidade de participar. O instituto oferece programas exclusivos, focados no desenvolvimento de jovens de 7 a 18 anos. A unidade cearense, única do gênero no Nordeste, que funciona junto à loja Pão de Açúcar Bezerra de Menezes, em Fortaleza, tem cinco salas de aula, uma de música, laboratório de informática e emprega 26 profissionais de pedagogia, psicologia, pedagogia e educação física, além de maestros, compositores e músicos. (Gazeta Mercantil, 20/1- Adriana Thomasi)
Ações sociais
O Instituto Júnia Rabello (IJR), criado pelo Banco Rural, abriu inscrições para projetos sociais em todo o Brasil. O instituto paga cerca de R$ 50 mil por ano a cada iniciativa. O Banco Rural destina 1% de seu lucro líquido ao instituto, que em 2003, primeiro ano de atuação, investiu R$ 1,2 milhão em 20 projetos sociais. As inscrições podem ser feitas em qualquer agência do Banco Rural do país ou pelo endereço www.institutojuniarabello.org.br, até o dia 1º de março. Informações pelo telefone (31) 3239.5659. Hoje em Dia, 18/1)
Empresas brasileiras são destaque em Harvard
As ações de responsabilidade social da Natura, do Banco Itaú e da Telemig fazem parte dos 24 estudos de caso de empreendedorismo social que a escola de negócios norte-americana Harvard Business School lança, em livro, no próximo dia 30, em Boston. Os casos foram pesquisados e enviados pelo Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats), da Fundação Instituto de Administração (FIA), pertencente à Universidade de São Paulo (USP), e passam a fazer parte do acervo da Harvard devido a uma parceria iniciada há dois anos. A Natura é tema de dois dos quatro trabalhos incluídos no livro, que poderá ser comprado na Harvard em inglês, espanhol ou português. Um deles refere-se ao projeto de relacionamento com as comunidades que fornecem matéria-prima para a produção da linha Ekos e o outro descreve o projeto de apoio a uma escola pública do município de Itapecirica da Serra (SP). O projeto do Itaú tem como foco a melhoria da qualidade de educação pública no Brasil e conta com parceira do Fundo da Organização das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Centro de Estudos e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). No caso da Telemig, o estudo descreve a atuação da empresa no fortalecimento dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente no Estado de Minas Gerais. Na segunda fase do projeto, o Ceats pretende incluir o projeto da Fundação Orsa e suas práticas de governança corporativa. Outro tema que será objeto de estudo é o da rede de entidades de base formada em São Paulo, onde 30 comunidades estão se unindo em uma aliança estratégica. A criação do portal RISOlidária, pela Fundação Telefônica, com apoio técnico do Ceats e ativa participação de entidades do Terceiro Setor, também fará parte da segunda etapa. O material que vai se transformar em estudo de caso nas universidades da rede é todo produzido dentro da FEA. (Gazeta Mercantil, 20/1 – Tânia Nogueira Alvares)
Obstáculos “”expulsam”” deficientes de cidades
Uma parceria entre a Fundação Getúlio Vargas e a Fundação Banco do Brasil, o estudo Diversidades – Retratos da Deficiência no Brasil, identificou três fatores fundamentais. Um deles é que a deficiência ampla – a dificuldade de enxergar, ouvir ou caminhar – atinge metade da população com 60 anos ou mais. A outra descoberta foi a relação entre renda e deficiência. O Lago Sul de Brasília, por exemplo, é a área com menor taxa de deficiência. As maiores taxas estão nos municípios pobres do Nordeste. E a terceira constatação é a importância da acessibilidade. O termo classifica a facilidade ou dificuldade que a pessoa tem para se deslocar e ter acesso a serviços, lazer e tudo que a cidade pode oferecer e é um conceito ainda pouco compreendido até mesmo por arquitetos. Quando se vêem excluídos, a tendência é que abandonem a cidade. A fisiatra e vice-diretora clínica da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), Maria Eugenia Pebes Casalis, diz que muitos pacientes não retornam para novas consultas e fisioterapia porque não têm como se locomover. A AACD central chega a receber 2.000 pacientes por dia e já conta com unidades em Osasco, Recife, Porto Alegre e Uberlândia (MG). (Folha de S. Paulo, 18/1 – Aureliano Biancarelli)
ONGs mudam realidade nos municípios
A ONG mais antiga da cidade de Iguatu-CE é o Projeto Arte Criança (PAC), que há 13 anos se destaca no trabalho de educar crianças e adolescentes de baixa renda por meio da arte. O PAC tornou-se uma referência no município e já obteve financiamentos do Unicef, da Fundação Abrinq, Secretaria de Cultura do Estado e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Recentemente, o PAC recebeu menção honrosa da 5ª edição do prêmio Itaú-Unicef pelo projeto Educando com arte, ampliando nossas ações. O projeto foi um dos 52 escolhidos em âmbito nacional, para ser financiado com R$ 99.935,39 pelo BNDES. O dinheiro permitirá ampliar o atendimento para 1.500 crianças e adolescentes. A ONG mais recente é o Instituto Elo Amigo que promove ações de desenvolvimento local integrado e sustentável, a partir da educação e atuação de adolescentes protagonistas. O Instituto já capacitou mais de 90 educadores e cerca de 800 adolescentes dos municípios de Acopiara, Iguatu, Jucás, Orós e Quixelô. O Fundo de Direito Difuso do Ministério da Justiça vai liberar recursos na ordem de R$103 mil ao instituto que também coordena as ações do projeto Aliança com o Adolescente pelo Desenvolvimento Sustentável no Nordeste, financiado originalmente pelo Instituto Ayrton Senna, Fundação Odebrecht, Fundação Kellogg e a área social do BNDES. (Diário do Nordeste, 18/1 – Honório Barbosa)
Brasil que muda
Em artigo ao jornal O Dia (RJ), o presidente do Instituto Ethos de Empresas, Oded Grajew, falou sobre as empresas socialmente responsáveis e que a parte que cabe a elas não se refere apenas a projetos sociais. Para ele a internalização dos princípios de responsabilidade social reflete-se na gestão dos negócios, com impactos positivos em seus públicos e contrapartida em sustentabilidade, fidelização de funcionários e clientes e melhoria de qualidade de vida nas comunidades. Grajew sustentou seus argumentos com dados de uma pesquisa da Fiesp, realizada em 543 empresas, e que retratou como os conceitos de responsabilidade social estão se traduzindo no dia-a-dia dos negócios. A conclusão da pesquisa é de que a maioria das empresas quer ser socialmente responsável. As respostas mostraram, por exemplo, que o Código de Ética é instrumento cada vez mais priorizado e a responsabilidade social também se revela em diferentes indicadores: 78,6% das empresas realizam ações sociais não-obrigatórias por lei. A relação com fornecedores e clientes também reflete mudanças de comportamento, com as empresas declarando ter recebido solicitação de clientes para adotar compromissos de responsabilidade social. Oded Grajew conclui dizendo que estes são números que mostram que, pelo menos dentro das empresas e nas suas relações, o Brasil já começou a mudar. (O Dia, 18/1 – Oded Grajew)
Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje: