Terça-feira, 20 de novembro de 2001
Por: GIFE| Notícias| 20/11/2001Primeira-dama quer garantir futuro de programas sociais
A fundadora e presidente do Conselho da Comunidade Solidária, Ruth Cardoso, está apostando na estrutura de ONGs para garantir a continuidade dos programas sociais, mesmo depois de seu marido, Fernando Henrique Cardoso, deixar o governo. Mude governo ou deixe de mudar, teremos condições de continuar, pois temos agora a base do Oscip, afirmou Ruth Cardoso. Oscip é a sigla de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, criada por lei para funcionar como uma ONG, só que dando mais transparência e mais autonomia à gestão dos programas sociais. Com essa nova estrutura, haverá também um controle mais rigoroso dos gastos. O Conselho da Comunidade Solidária passará a atuar por meio deuma Oscip, a Communitas (comunidade, em latim), que a primeira-dama acaba de lançar. (O Estado de S. Paulo, p. A14, 17/11)
Projeto de educação infantil de Luzerna-SC recebe prêmio nacional na quinta-feira
O projeto Genealogia: descobrindo nossas raízes, da Escola Municipal São Francisco, de Luzerna, Meio-Oeste catarinense, ganhou o primeiro lugar nacional do Prêmio Qualidade na Educação Infantil 2001, uma realização da Fundação Orsa em parceria com o Ministério da Educação (MEC). A cerimônia de premiação será na próxima quinta-feira (22/11), no auditório do edifício sede do Ministério da Educação, em Brasília. O projeto envolve 160 alunos do pré-escolar e concorreu com 1.388 projetos de todo o país e 192 de Santa Catarina. A coordenadora do Genealogia, Evaine Célia Desidério explica que foram realizadas visitas em todas as casas dos alunos da pré-escola. Foi uma experiência gratificante, onde cada criança pôde ver como mora e como vive cada coleguinha. Nas visitas, eram observados detalhes como a arquitetura das casas e os jardins. O Genealogia faz parte do projeto político-pedagógico da escola. (Diário Popular-SP, p.4, 18/11- Ângela Bastos; p.3, 19/11).
Comunidades da Amazônia vão ganhar bibliotecas
A ONG Expedição Vaga Lume vai realizar um projeto educacional que tem como objetivo incentivar comunidades carentes na prática da leitura. A idéia é implantar 22 bibliotecas em nove estados da Amazônia Legal, formada por Maranhão, Pará, Tocantins, Amazonas, Amapá, Acre, Roraima, Rondônia e Mato Grosso. O alvo são as comunidades ribeirinhas, indígenas, assentamentos, remanescentes de quilombos e filhos de garimpeiros que vivem em reservas florestais e ecológicas, parques nacionais e áreas de fronteiras. A experiência só vai ser possível graças ao trabalho das três jovens que criaram a ONG: Maria Tereza Junqueira, 24 anos, relações públicas; Silvya Albernaz, 24, historiadora, e Laís Fleury, 27, administradora de empresas. Elas buscaram recursos junto à iniciativa privada e à Finaustria, financeira do banco BBA, foi a primeira a aderir ao projeto. (Diário de Cuiabá, Ilustrado, p. 1, 19/11 – Míriam Botelho)
Evento vai fechar Ano Internacional do Voluntário em BH
Os 150 médicos do Hospital Belo Horizonte vão trabalhar como voluntários no Dia V, organizado pela Federação das Indústrias do Estado Minas Gerais (Fiemg), que acontece em 2 de dezembro. Eles vão atender gratuitamente a população em vários pontos da cidade e em presídios, creches e asilos. As ações voluntárias que existem no hospital são baseadas em cursos direcionados para diferentes segmentos da comunidade. Os organizadores do evento pretendem reunir 200 mil pessoas, que farão algum benefício à comunidade para fechar o Ano Internacional do Voluntário. (Estado de Minas, p. 24, 19/11)
A sociedade atuante
Em editorial, o Diário Catarinense fala sobre a notável capacidade da sociedade brasileira de compreender os problemas sociais enfrentados pelo país. O jornal afirma que talvez nada represente melhor o crescente exercício da cidadania que o engajamento de empresas, ONGs, estabelecimentos de ensino e outras instituições ao esforço de redução das desigualdades, que até há pouco era conduzido quase que exclusivamente pelo poder público. O mais importante neste saudável processo de integração é que o mero assistencialismo foi substituído pela convicção de que é preciso fornecer àqueles menos favorecidos, particularmente às crianças, o instrumental necessário ao exercício da plena cidadania, diz.
Exemplos – E ainda cita o caso de Florianópolis, onde alguns projetos de amparo a crianças carentes vêm apresentando resultados surpreendentes: O Esporte Cidade da Criança, supervisionado pelo Instituto Guga Kuerten em parceria com a prefeitura, Global Telecom e Federação Catarinense de Tênis; a Escolinha de Surfe, mantida pela Federação Catarinense de Surfe; e as escolinhas da Unisul, nas quais 20% das vagas são reservadas a crianças vindas de famílias de baixa renda. (Diário Catarinense, p. 10, 19/11)
Fórum mobiliza especialistas em educação e professores
O primeiro fórum do projeto Educando o Cidadão do Futuro – uma realização da Telemar e dos jornais O Globo e Extra – reuniu, na última terça-feira, cinco debatedores que traçaram caminhos em direção à cidadania a serem percorridos pela escola e pela família. A platéia, formada em sua maioria por professores dos ensinos fundamental e médio, participou das discussões ao final da mesa-redonda, enviando perguntas aos palestrantes. A pedagoga e professora da Universidade de São Paulo Beatriz Cardoso, o educador Moacyr de Góes, a doutora em educação Edwiges Zaccur, o antropólogo Luiz Eduardo Soares e o empresário Eduardo Eugênio Gouvêa, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), integraram a mesa.
Projeto – Como conselheiro da Comunidade Solidária, o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, diz ter sido testemunha das transformações ocorridas em Inhapi, no interior de Alagoas, após 1997, quando ali começou o Programa Alfabetização Solidária. Naquela época, o índice de analfabetismo em Inhapi, cidade com cerca de 16 mil habitantes, era de 60%. Desde então, 250 jovens e adultos das zona rural e urbana são atendidos a cada semestre pelo programa. Ao voltar de Alagoas, Gouvêa Vieira tinha o firme propósito de iniciar, no Rio, um projeto semelhante. Surgia, então, o Transformar, com o objetivo de erradicar o analfabetismo entre os jovens de 15 a 19 anos, período decisivo para a inserção no mercado de trabalho. Desde então, firmamos parcerias com prefeituras de 82 municípios, onde estão matriculados 11.746 jovens, 7.500 já alfabetizados, disse Gouvêa Vieira. (O Globo, Suplemento Especial, 16/11)
Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje: