Terça-feira, 28 de agosto de 2001

Por: GIFE| Notícias| 28/08/2001

Empresas do DF fazem investimentos sociais

A participação da iniciativa privada na busca de soluções para problemas sociais dá sinais de sair do discurso teórico para a prática. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que 47% das empresas do Distrito Federal declararam realizar algum tipo de trabalho social para a comunidade. Além disso, 74% dizem estar beneficiando seus funcionários. A pesquisa já foi concluída nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul. Ontem, 27/8, foram divulgados os números preliminares do Centro-Oeste. O resultado final só sai no primeiro semestre de 2002, quando serão informados os tipos de ações realizadas pelas empresas, como operam e a quem beneficiam. Para a sociedade, é importante saber o que a iniciativa privada está fazendo para contribuir, diz a coordenadora-geral da pesquisa, Anna Maria Peliano. O Estado é, sim, o maior responsável pelas questões sociais, mas não vai resolver todos os problemas sozinho. (Jornal de Brasília, p. 12 – Daniella Cronemberger; Correio Braziliense, p. 32; Gazeta Mercantil, p. A-11 e p. DF 1 – Sidrônio Henrique – 28/8)

O valor da responsabilidade social das empresas

Em artigo, Otaviano Canuto, doutor em economia e professor da Unicamp, afirma que ser uma empresa do bem pode render lucros e dividendos. Pesquisas mostram um crescente interesse de investidores em privilegiar aplicações que ofereçam o bônus da boa reputação ética. Contudo, segundo o articulista, o círculo virtuoso varia de setor para setor. Sendo assim, pode-se inferir que, em economias mais primitivas, que dependam da extração de recursos naturais e/ou de uso da mão de obra não qualificada, sejam menos óbvios os ganhos empresariais para a atuação socialmente responsável. (Valor Econômico, p. A11, 28/8)

Ação social das empresas está mais voltada aos funcionários, diz Ipea

As empresas brasileiras desenvolvem mais ações voltadas aos seus funcionários que à comunidade. Segundo pesquisa sobre ação social do terceiro setor, realizada pelo Ipea, 65% das empresas promovem esse tipo de atividade junto aos trabalhadores, enquanto a comunidade recebe apoio de 60%. Não estão incluídos dados relativos à região Norte, mas, segundo Nathalie Beghin, coordenadora-adjunta do estudo, isso não impede de se considerar os resultados coletados até agora – 760 mil empresas das outras quatro regiões geográficas – como representativos da situação nacional. O levantamento do Ipea mostra que o estado com maior percentual de empresas que realizam ações sociais voluntárias junto à comunidade é Minas Gerais, com 81%. Em seguida vêm Bahia (70%), São Paulo (66%) e Rio de Janeiro (59%). Nos dois últimos lugares do ranking estão Espírito Santo (45%) e o Rio Grande do Sul (39%). Em 1998, as empresas do Sudeste aplicaram R$ 3,5 bilhões em projetos sociais, o equivalente a 0,6% do PIB regional. (Valor Econômico, p. B2, 28/8 – Rodrigo Bittar)

Revolução na escola

O programa Sua Escola a 2000 por Hora, do Instituto Ayrton Senna, tem transformado a vida de adolescentes como Cleiton Becker, 17 anos. Os professores o criticavam porque só pensava em computador e não queria saber das disciplinas tradicionais. O jovem, que mora em Porto Alegre, trocou o colégio e começou a mudar. Matriculou-se na Escola Estadual Elmano Lauffer, uma das 20 vencedoras, em 1999, do concurso. Levei um susto no primeiro dia em que fui ao laboratório. Os monitores eram alunos. Por entenderum pouco de computador, fui logo integrado ao time, lembra Cleiton que encontrou novo estímulo para estudar. O sucesso da Elmano Lauffer e de outras 55 escolas públicas do ensino fundamental e ensino médio na utilização de computadores está ligado a uma mudança mais ampla. Primeiro, as escolas precisam apresentar um projeto que inclua a participação de alun os, dos pais e da comunidade. A idéia é que os estudantes aprendam a usar computadores e também dêem certo na vida, diz Adriana Martinelli, coordenadora do programa.(Revista IstoÉ, p. 44-46, 29/8 – Eduardo Hollanda)

Cresce o trabalho social das empresas brasileiras

Empresas do Brasil inteiro estão usando as mais diferentes estratégias para incentivar seus funcionários a desempenhar um trabalho social. É o boom do chamado voluntariado empresarial. As empresas brasileiras estão cada vez mais conscientes de seu papel de co-responsáveis-sociais, afirmou a especialista em voluntariado empresarial da Unesco e consultora do projeto Comunidade Solidária, Ruth Goldberg. Um levantamento divulgado em maio pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) confirma essa tendência. Das 698 mil empresas das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, 423 mil estavam desempenhando algum tipo de atividade comunitária entre os anos de 1999 e 2000. Goldberg observou que a preocupação das empresas com questões comunitárias começou a crescer na década de 90. Mas foi somente nos últimos anos que a idéia de cidadania participativa ganhou força. (Diário do Amazonas, p. E4, 26/8)

Baianos investem mais que paulistas no social

Das 29 mil empresas privadas da Bahia, 20 mil, ou seja, 69% realizaram algum tipo de ação social não obrigatória em prol de comunidades pobres em 2000. Todos os demais estados do Nordeste ficaram abaixo da média da região (55%), segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A coordenadora-geral do trabalho, Anna Maria Peliano, afirma que este expressivo envolvimento das empresas sediadas na Bahia reforça a afirmação de que a riqueza do estado não é fator decisivo na realização de ações que têm como objetivo o atendimento das comunidades. A atuação das instituições baianas é marcada predominantemente pela filantropia: 76% declararam atuar por motivos humanitários. (A Tarde-BA, p. Economia 1, 23/8)

Programa da Vale chega a João Neiva

O programa Escola que Vale, desenvolvido pela Fundação Vale do Rio Doce e o Centro de Educação e Documentação (Cedac) em oito cidades brasileiras, entre elas João Neiva-ES, conquistou o Prêmio Eco 2001, organizado pela Câmara Americana de Comércio de São Paulo. A iniciativa foi vencedora na categoria Educação. Neste ano, a Fundação Vale do Rio Doce aplicou R$ 800 mil para a execução do programa no município capixaba, segundo a analista de projetos Cláudia Aparecida de Carvalho Fiúza. Ela também afirmou que desde a implantação do projeto a entidade investiu cerca de R$ 10 milhões nas oito cidades beneficiadas. (A Gazeta-ES, p. 1B, 22/8)

Empresas do Vale do Sinos investem mais em ação social

Pesquisa divulgada, no dia 21/8, pela Fundação Semear, de Novo Hamburgo-RS, revelou que empresas de 20 cidades do Vale do Sinos estão investindo mais em ações sociais nos últimos cinco anos. Das 362 organizações que responderam o questionário, 71% já realizaram investimentos comunitários. Destas, 47,1% começaram entre 1996 e 2000. O levantamento na região, onde a indústria coureiro-calçadista experimenta um salto na produção desde 1999, foi feito entre fevereiro e maio. Ao todo, 1.904 empresas receberam o questionário da Fundação Semear, um braço social da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo. Com o levantamento, foi traçado um perfil das empresas que mais investem: são de capital nacional privado, faturam até R$ 700 mil por ano e têm até 30 funcionários. (Zero Hora-RS, p. 19, 22/8 – Géssica Trindade)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

  • Instituto Ayrton Senna
  • Observação: durante o mês de agosto, o clipping Investimento Social Privado – cobertura da Mídia será veiculado a partir das 14 horas.

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