Terça-feira, 7 de maio de 2002
Por: GIFE| Notícias| 07/05/2002Vencedores do Prêmio Ethos-Valor serão conhecidos hoje em São Paulo
Serão revelados hoje os nomes dos quatro vencedores do Prêmio Ethos-Valor, 2ª edição. O concurso é uma iniciativa do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e do jornal Valor Econômico e tem como objetivo incentivar o debate sobre a responsabilidade social das empresas na comunidade acadêmica, envolvendo professores e alunos. A cerimônia de entrega será realizada em São Paulo. Os vencedores serão contemplados com uma viagem ao Chile. Na primeira fase do Prêmio foram selecionados nove trabalhos de graduação e três de pós-graduação. Na segunda fase foram eleitos os quatro finalistas. Todos terão seus trabalhos publicados e serão convidados para participar da Conferência Nacional 2002 – Empresas e Responsabilidade Social, a ser realizada em junho pelo Instituto Ethos. (Valor Econômico, p. B2, 7/5)
A responsabilidade social e as eleições
Em artigo, Oded Grajew, diretor-presidente do Instituto Ethos, discorre sobre o fato de que no Brasil a sustentação das campanhas eleitorais depende visceralmente de grandes doações, quase sempre realizadas por empresas ou empresários. Grajew diz que ainda que embora pareça paradoxal, doações para campanhas eleitorais feitas em grandes somas de dinheiro vivo, sem registro contábil, são capazes de destruir qualquer candidatura. Podem, também, manchar a imagem institucional das empresas doadoras. Por isso, a contribuição eleitoral responsável é uma oportunidade de romper com o ciclo que começa na doação ilegal. As empresas são atores sociais poderosos e com grande capacidade de impulsionar o aprimoramento das relações políticas no país. Se houver uma participação empresarial responsável, baseada em valores éticos, é razoável esperar que sejam eleitos mais candidatos comprometidos com esses valores. Por outro lado, empresas acostumadas a participar desse jogo e a justificar que todo mundo faz assim serão mais questionadas e ficarão mais expostas à condenação da sociedade. (Valor Econômico, p. B2, 7/5)
Mais espaço para o social
Os investimentos da iniciativa privada em projetos sociais estão crescendo. Resultados preliminares da pesquisa Ação Social das Empresas, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que 59% das empresas do país destinam algum dinheiro para esse fim. O estudo envolve duas mil companhias, de todas as regiões, e ainda não está concluído, mas mostra que o empresário brasileiro já percebeu que estar envolvido em ações sociais é uma poderosa estratégia de marketing. Os resultados obtidos com a pesquisa impressionam pelo número de empresas envolvidas em ações sociais e pelo volume de recursos, diz Anna Maria Peliano, coordenadora do estudo. (O Dia, p. Negócios de Sucesso 6, 7/5)
Prêmio para professores
Os professores da rede pública já podem se inscrever no Prêmio Qualidade na Educação Infantil 2002, promovido pela Fundação Orsa, Ministério da Educação e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O Prêmio foi criado para valorizar projetos desenvolvidos com crianças de até seis anos e difundir práticas bem-sucedidas em creches e escolas. As inscrições terminam em 28 de junho. Os candidatos só podem concorrer com um trabalho. (Correio Braziliense, p. 19, 7/5)
Prêmio Gestão Escolar receberá inscrição até o dia 31
Estão abertas até 31 de maio as inscrições para o Prêmio Gestão Escolar. A iniciativa vai divulgar para todo o país experiências bem-sucedidas de gestão escolar, além de incentivar a escola pública a fazer a avaliação permanente de suas atividades. A Fundação Roberto Marinho, que promove a premiação, dará à melhor escola selecionada, em âmbito estadual, kits educativos e prêmios no valor de R$ 2 mil. (O Globo, p. 12, 7/5)
As aves estão de volta ao Rio Pinheiros
Não são apenas as árvores que estão povoando as margens do Rio Pinheiros, em São Paulo. A diversidade de aves também vem chamando a atenção dos técnicos que se dedicam a desenvolver o Projeto Pomar, uma parceria entre o Jornal da Tarde, a prefeitura, o governo de São Paulo e empresas privadas. Nas margens do rio recuperadas com o Projeto Pomar, as aves encontram alimento e locais para construir seus ninhos, além de terem refúgio nas árvores, diz a agrônoma e coordenadora do projeto, Helena Carrascosa. (O Estado de S. Paulo)
Projeto de Londrina-PR leva judô a jovens carentes
Motivados pela Lei Municipal de Incentivo ao Esporte, da Fundação de Esportes de Londrina (PR), um grupo de empresas está redirecionando parte de seus impostos municipais a um projeto que introduz meninos e meninas carentes à prática do judô. Cerca de 300 jovens participam do Projeto do Futuro, que com pouco mais de 11 meses de funcionamento já começa a dar resultados. No final de abril, a equipe fez excelente campanha no Campeonato Paranaense Juvenil e na seletiva estadual para os Jogos Brasileiros. O judoca Alexandre Segantin, um dos autores do projeto, diz que nas comunidades mais pobres as brincadeiras normalmente envolvem alguma atividade física e as crianças acabam tendo uma vida esportiva mais ativa. Ele afirma também que seria mais interessante para eles terem acompanhamento psicológico e nutricional, coisas que ainda faltam no projeto, sendo que os professores procuram passar o básico. (Folha de Londrina, p. 12, 6/5- Luciana Augusto)
Faça a diferença
O jornal O Popular publicou na edição de domingo, dia 5 de maio, a segunda reportagem esp ecial sobre responsabilidade social empresarial. O texto diz que o consumidor quer comprar produtos e serviços de empresas que não poluem, não fazem propaganda enganosa e que contribuam para a melhor qualidade de vida. Por meio da responsabilidade social a empresa se diferencia da concorrência e reforça sua imagem institucional. A matéria também dá dicas sobre os primeiros passos para a empresa que quer começar a investir na comunidade sobre como definir o projeto social e como escolher quem ajudar.
Polêmica – Outra questão discutida ao longo do texto é a divulgação das ações sociais desenvolvidas pelas empresas, já que existe o risco de envolver-se com a comunidade objetivando apenas a publicidade. Não investimos em projetos sociais pensando em captar uma imagem positiva do público. Isso acontece naturalmente se a intenção da empresa for ajudar a comunidade, afirma a diretora da Tropical Imóveis, Elizabeth Cristina da Costa. A instituição patrocinou, no ano passado, seis projetos culturais investindo R$ 78 mil. De nada adianta doar dinheiro ou patrocinar eventos, se não houver envolvimento da diretoria e dos funcionários da empresa no projeto social. O público pode facilmente perceber que trata-se apenas de publicidade. E o resultado, certamente, será desastroso. Mas isso não pode inibir que as empresas divulguem seus trabalhos sociais. Pelo contrário. A divulgação desses projetos, principalmente dos resultados conquistados, despertará o interesse de mais empresas. (O Popular-GO, p. 18, 5/5 – Jarbas Rodrigues Jr.)
Professor ganha prêmio do Ministério da Cultura com pesquisa sobre Machado de Assis
O professor Stélio Furlan, da Univali/Biguaçu, recebeu o prêmio do III Concurso Nacional de Ensaios, promovido pelo Ministério da Cultura em parceria com a Fundação Nestlé. Furlan venceu com o estudo Machado de Assis, o Crítico: Seduções e Desencantos, tese de doutorado defendida por ele no ano passado na Universidade Federal de Santa Catarina. (Diário Catarinense, p. Cultura 8, 3/5)
Escola pública ganha laboratório de informática
O Projeto Telemar de Educação inaugurou, no dia 30 de abril, em Natal, um laboratório de informática na Escola Municipal Geralda Cruz, que conta com 10 microcomputadores com acesso à Internet. A iniciativa contou com um investimento de R$ 80 mil. Este é o segundo núcleo de computação instalado pela operadora de telefonia em escolas públicas do Rio Grande do Norte. Até 2004 a empresa estima abrir salas com acesso à Internet em escolas de mais de 900 municípios considerados pequenos e desfavorecidos tecnologicamente nos 16 estados em que atua. (Diário de Natal, p. Municípios 2, 1/5)
Ferramentas simples e eficientes
As novas tecnologias trazem benefícios para as pessoas com deficiência. Surgem cada vez mais produtos e soluções que auxiliam no tratamento e desenvolvimento educacional e profissional dos deficientes. Com o objetivo de proporcionar treinamento profissional a essas pessoas, o Instituto Microsiga iniciou estudos para conhecer as necessidades dos deficientes para desenvolver um trabalho que incluirá o desenvolvimento de ferramentas e periféricos que possam auxiliar no tratamento, além de provê-los de capacitação técnica profissional, o que deverá estar funcionando no segundo semestre. (
Auxílio para crianças
O programa Escola Campeã, resultado da aliança entre a Fundação Banco do Brasil e o Instituto Ayrton Senna, possibilitou à prefeita de Cacoal (RO), Sueli Aragão, a implantação do Programa Acelera Brasil, que atende cerca de 100 estudantes com dificuldade de aprendizagem. Na iniciativa o material do estudante e as ações do professor são no sentido de orientá-lo e ajudá-lo. Segundo técnicos do Instituto Ayrton Senna, os primeiros resultados, referentes ao ano de 2001, são animadores. (Estadão do Norte, p. 6, 28/4)
A ordem é fazer o bem e olhar para quem
Em artigo, Denise Pires, professora da Faculdade Integrada do Ceará (FIC), diz que a crescente atenção ao tema responsabilidade social e cidadania empresarial estimula um número cada vez maior de empresas a buscar desenvolver ações nesse sentido. Em busca de caminhos, as empresas deparam-se com a dificuldade inicial de determinar quais as práticas que seriam importantes desenvolver. A professora cita pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que constatou que as ações voltam-se muito mais para a filantropia, baseadas no sentir-se bem de quem doa. Embora a discussão seja recente no Brasil, nos Estados Unidos o tema é debatido há algum tempo. A demanda da comunidade corporativa era a de saber como, ao invés de simplesmente o que fazer. Em busca de respostas para essa pergunta surge o conceito de Performance Social das Empresas (PSE), baseado no tripé legitimidade institucional, responsabilidade pública das organizações e arbítrio individual do gestor. Denise finaliza dizendo que desenvolver a capacidade de identificar e adir de acordo com as partes interessadas para pela capacidade gerencial de assumir uma visão mais ampla da organização, compreendendo seu papel na sociedade. (O Povo-CE, p. 7, 27/4)
Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje: