Terça-feira, 8 de janeiro de 2002

Por: GIFE| Notícias| 08/01/2002

Empresas do Paraná aderem à responsabilidade social

A prática social de empresas começa a ganhar força no Paraná. Tais iniciativas ganharam impulso após iniciativas como a do Instituto Ethos, que assinou, em setembro, convênio de apoio com a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e com o Instituto Superior de Administração e Economia (Isae-FGV) para incentivar iniciativas nessa área. Dados do Instituto mostram que 515 empresas associadas são responsáveis por 27% do PIB nacional e empregam mais de um milhão de pessoas. O advogado e consultor em Responsabilidade Social do escritório de advocacia Cruz, Oliveira & Mônica, Gustavo Justino de Oliveira, diz que o tema ainda é recente no Paraná e no Brasil. No entanto, sua avaliação considera asações de empresas paranaenses tímidas. Um dos fatores agravantes é o desconhecimento de grande parte das empresas em abater doações do Imposto de Renda e até da Lei Rouanet de incentivo à cultura. (Gazeta do Povo-PR-PR, p. 6, 5/1 – Priscila Bueno)

50% das empresas do Centro-Oeste realizam ações sociais

Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 50% das empresas do Centro-Oeste realizam algum tipo de ação social para a comunidade. O trabalho foi realizado levando em conta um universo de 60 mil empresas privadas da região, que possuem um ou mais empregados. O Ipea considerou como ação social todas as atividades que as empresas realizam para atender as comunidades ou seus empregados e familiares nas áreas de assistência social, alimentação, saúde e educação, entre outras. Pequenas doações eventuais até grandes projetos bem estruturados foram levados em consideração para a contabilidade geral. A TBA, empresa brasiliense de informática que emprega hoje 500 funcionários, tornou-se referência de empresa que investe em projetos sociais e comunitários. Segundo o superintendente, a empresa investiu em 2001 cerca de US$ 105 mil em ações sociais e pretende, este ano, investir outros US$ 120 mil. (Fibra Empresarial, p. 1, 7/1 – Elizabeth Martins)

Prêmio FENEAD mobiliza acadêmicos para a questão social

A Federação Nacional dos Estudantes de Administração (FENEAD) representa os cerca de 320 mil estudantes de graduação em Administração no Brasil. O Prêmio FENEAD surgiu da idéia inicial de integrar os estudantes e mobilizar a comunidade acadêmica para a área social, trazendo benefícios de médio e longo prazo e tendo um potencial multiplicador, para uma entidade ou à comunidade, além de desenvolver a consciência social na nova geração de dirigentes. Esta iniciativa, ao longo de cinco anos premiou 20 projetos sociais. Além destes, há ainda os que, apesar de não premiados, foram implementados com recursos próprios e de parceiros locais. Isto prova que o objetivo de sensibilizar e mobilizar os universitários tem sido alcançado. Além disso, o Prêmio FENEAD levou para dentro das instituições de ensino superior no Brasil o tema terceiro setor. (FENEAD, 7/1)

Para Oded Grajew, a responsabilidade social deve crescer em crises

Em artigo, Oded Grajew, diretor-presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e presidente do Conselho de Administração da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, fala sobre a responsabilidade social e as incertezas em tempos de crise. Mesmo com as crises de escala mundial do último ano, empresas socialmente responsáveis não cortaram seus planos e projetos na área, porque entendem que um fator de sucesso para seus negócios é estabelecer laços de comprometimento, confiança com os vários públicos, alimentando um círculo virtuoso na economia, em vez apenas de buscar um bom desempenho imediato. Grajew cita discussões da 9ª conferência do Business for Social Responsability (BSR), realizada em novembro em Seatle, como válidas para o Brasil. De acordo com ele, Frances Hesselbein, representante da Peter Drucker Foundation, citando o próprio Peter Drucker, acredita que o setor social deverá ser o responsável pela grande mudança nas relações de trabalho e, de maneira mais ampla, sociais. Este setor, continua, seria a aliança entre as ONGs e empr esas, capazes de levar adiante mudanças e políticas públicas que contemplem as necessidades sócio-ambientais. Segundo Grajew, a responsabilidade social como cultura da gestão empresarial, abarcando todas as relações da empresa, suas práticas e políticas, deve nortear a organização em todos os momentos, nas crises e em épocas de expansão econômica. E é exatamente em momentos de crises e incertezas que ela retorna mais importante e estratégica. (Valor Econômico, p. B2, 8/1)

Rede de Atletas incentiva esporte para crianças e adolescentes

A Rede de Atletas pelo Brasil realizou o seu primeiro encontro em novembro de 2001, reunindo esportistas e organizações, em São Paulo, para trocarem conhecimentos e experiências em suas atividades. Através de debates e oficinas, foram apresentados diversos trabalhos que utilizam o esporte como via de educação integral de crianças e adolescentes. A Rede, que foi formada com a ajuda de atletas que desenvolvem trabalhos na área social, tem como objetivo o envolvimento de um número cada vez maior de atletas nas causas da infância e juventude no país. O encontro reuniu personalidades como Ana Moser, do Instituto Esporte Educação, Aurélio Miguel, do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Humano, Magic Paula, que dirige o Centro Olímpico de São Paulo, Jaqueline, da Fundação Jackie Silva, Fernanda Keller, do Projeto Fernanda Keller, Lars Grael e Paulão, ambos da Secretaria Nacional de Esportes, Zequinha Barbosa, do Instituto Zequinha Barbosa, representantes da Fundação Cafu, da Fundação Gol de Letra, do Instituto Guga Kuerten, entre outros. Também participaram do evento as ONGs Aldeia do Futuro, Creche Mamãe, Sociedade pela Família e UNIBES.

Potencialidades – A Rede de Atletas pelo Brasil surgiu a partir da proposta do Programa Educação pelo Esporte, do Instituto Ayrton Senna, de compartilhar o seu aprendizado e experiências acumuladas com outras pessoas e organizações com o mesmo objetivo: promover condições e oportunidades para que, por meio do esporte, crianças e jovens desenvolvam suas potencialidades como pessoas, cidadãos e futuros profissionais. Desenvolvido desde 1997, em parceria com seis universidades brasileiras, o Programa Educação pelo Esporte atende diretamente 3.400 crianças e adolescentes. Além do esporte, que constitui o eixo estruturador do Programa Educação pelo Esporte, também são desenvolvidas atividades nas áreas de saúde, nutrição, artes e apoio escolar. (Rits, 7/1)

Grupo Voluntários Carris faz balanço de 2001Em 2001, ano internacional do voluntariado, o Grupo Voluntários Carris: Amigos da Vida desenvolveu atividades comunitárias e promoveu a doação de 1,51 tonelada de alimentos, 6.241 peças de roupas e calçados e 400 brinquedos, além de medicamentos. Ao todo, foram assistidas 2,5 mil pessoas de entidades credenciadas e desabrigadas pelas enchentes que atingiram Porto Alegre no inverno passado. O Voluntários Carris é formado por funcionários da empresa, familiares e membros da comunidade. Atualmente, conta com 71 componentes, que atuam semanalmente conforme um calendário organizado no início de cada ano. Em 2001 foram realizados almoços, passeios com crianças e idosos e cortes de cabelo. (Correio do Povo, 7/1)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

  • Federação das Indústrias do Paraná (Fiep)
  • Instituto Superior de Administração e Economia (Isae-FGV)
  • TBA
  • Federação Nacional dos Estudantes de Administração (FENEAD)
  • Carris
  • Peter Drucker Foundation
  • Instituto Ayrton Senna
  • Instituto Esporte Educação
  • Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Humano
  • Centro Olímpico de São Paulo
  • Fundação Jackie Silva
  • Projeto Fernanda Keller
  • Secretaria Nacional de Esportes
  • Instituto ZequinhaBarbosa
  • Fundação Cafu
  • Fundação Gol de Letra
  • Instituto Guga Kuerten
  • ONGs Aldeia do Futuro, Creche Mamãe, Sociedade pela Família e UNIBES
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