Terça-feira, 9 de julho de 2002

Por: GIFE| Notícias| 09/07/2002

O novo tempo da responsabilidade

Em artigo, Oded Grajew, diretor-presidente do Instituto Ethos, diz que apesar de junho ter começado em um clima de fortes turbulências no câmbio e no mercado financeiro, mais de 650 empresários e executivos conseguiram desligar-se das preocupações mais imediatas e abrir espaço em suas agendas para debater e refletir sobre suas responsabilidades com o futuro de seus negócios e da sociedade. A Conferência Nacional 2002 – Empresas e Responsabilidade Social, realizada pelo Instituto Ethos, foi um marco importante que demonstrou a consolidação desse tema na agenda empresarial. Para discutir a responsabilidade social e a inserção competitiva das empresas brasileiras na economia global, foi convidado para falar na plenária de abertura o empresário suíço Stephan Schmidheiny, presidente do GrupoNueva, formado por mais de 40 empresas da América Latina, e presidente da Fundação Avina. Schmidheiny destacou que o empresariado não pode prosperar em uma sociedade fracassada e propôs como solução um movimento que denominou de solidariedade egoísta, desafiando as empresas a criarem oportunidades para inserir os mais pobres na sociedade de maneira benéfica para ambos.(Valor Econômico, p. B2, 9/7)

Emprendedores criam franquia social do programa Bom Aluno

Os empresários paranaenses Luis Bonacin Filho e Francisco Simeão criaram, em 1994, o programa Bom Aluno, que patrocina os estudos de crianças e adolescentes promissores e carentes, desde a quinta série do ensino fundamental até dois anos de pós-graduação. O custo, por aluno, está hoje em R$ 350 por mês, porque os empresários conseguiram apoio de escolas privadas e universidades. Atualmente são atendidos 240 estudantes. Para ampliar esse número, os empresários criaram uma franquia social, com a determinação de sensibilizar outros empresários. Agora, o programa conta com 21 franquias em vários estados. A meta, segundo Simeão, é chegar a 5 mil estudantes nos próximos cinco anos. Para isso, foi criado o Instituto Bom Aluno do Brasil.(Valor Econômico, p. B2, 9/7 – Miriam Karam)

Anote

Como e porque as empresas atuam em Responsabilidade Social é o tema do seminário que a Câmara Americana de Comércio do Rio de Janeiro (Amcham-RJ) promove no dia 15 de julho. O presidente da entidade, Gabriel Icaza, e o coordenador social do governo do Rio de Janeiro, Ricardo Henriques, participam. Informações pelo telefone (21) 3213-9200 ou pelo e-mail [email protected]. (Valor Econômico,p. C14, 9/7 – Patrícia Fortunato)

Renda de sanduíches vai ajudar crianças e adolescentes com câncer

Cerca de R$ 200 mil, o equivalente a 50 mil sanduíches Big Mac, é a expectativa para a campanha McDia Feliz este ano em Minas Gerais. A ação é promovida nacionalmente desde 1988 pela rede de lanchonetes McDonald′s. A renda de todos os sanduíches Big Mac comprados no país no dia 17 de agosto será revertida para 64 entidades dedicadas ao combate ao câncer infanto-juvenil. Em Minas, essa verba será dividida entre a Ação Unificada de Recuperação e Apoio (Aura) e a Associação dos Leucêmicos do Estado de Minas Gerais (Leuceminas). Segundo o fundador da Leuceminas, Antônio Matozinhos, a verba será destinada à compra de vans para passeios de crianças e adolescentes. Queremos dar mais conforto e dignidade às crianças, afirma Matozinhos. Já a Aura vai gastar o dinheiro com a construção da casa de apoio do primeiro Hospital do Câncer Infantil de Minas Gerais, que será construído e m Juatuba (MG), e deverá estar pronto em 24 meses. (O Tempo-MG, p. 10, 8/7, Marcelo Fuiza)

Fundação Cafu beneficiará 300 crianças

Retirar crianças e adolescentes das ruas de São Paulo por meio do esporte. Esse é o objetivo da Fundação Cafu, criada pelo capitão da seleção brasileira de futebol, o jogador Marcos Evangelista de Morais, o Cafu. A Prefeitura de São Paulo doou um terreno de 2.272 metros quadrados para que o prédio da Fundação possa ser construído. Segundo Cafu, a entidade irá atender 300 crianças e adolescentes, entre sete e 17 anos, inicialmente. Vamos ter esportes, educação, atividades culturais e reforço escolar. Sei que não vou resolver o problema de São Paulo, mas se cada um fizer um pouquinho, vamos chegar lá, ressalta o jogador.(Hoje em Dia, p. Esportes 4, 8/7)

Terceiro Setor é o que mais cresce em todo Brasil

O terceiro setor, constituído por organizações sem fins lucrativos, é o que mais cresce no Brasil. Na Bahia, cerca de 51 mil organizações foram criadas nas últimas décadas e, em todos o país, já são 250 mil. Apesar dos poucos recursos e da dificuldade em obter apoio, essas organizações empregam 1,5 milhão de brasileiros, ampliando o mercado profissional e dinamizando a economia do país. Diante desse novo quadro, a Escola de Administração da UFBA e a Artesocial Desenvolvimento e Avaliação de Projetos Sociais e Públicos estão se unindo para realização do Projeto de Mapeamento de Organizações da Sociedade Civil do Estado da Bahia. A proposta inclui o estudo da região Metropolitana, incluindo Salvador (BA), e os 30 municípios mais populosos do interior baiano. (Correio da Bahia, p. Correio Trabalho capa e 3, 07/07 – Gladys Pimentel).

Investimento em ações sociais é um bom negócio

O crescimento do número de empresas privadas que desenvolvem ações sociais comprova o que inúmeras pesquisas já apontaram: a responsabilidade social traz benefícios tanto para a empresa quanto para os funcionários. Esses últimos sentem-se mais motivados e satisfeitos, enquanto a instituição ganha com a boa imagem que repassa para o público consumidor. Segundo o consultor, Miguel Fontes, só vão permanecer no mercado as empresas que estiverem preocupadas com a inserção, o meio ambiente e o social. O investimento no social como finalidade meramente publicitária não é eficaz. (A Tarde-BA, p. Empregos capa e 3, 07/07 – Danniela Silva).

Telefônica investe R$ 580 mil em programa

O grupo Telefônica, preocupado com as desigualdades sociais, está investindo R$ 580 mil no Programa de Geração de Renda para Mulheres Chefes de Família. Apoiado pela ONG Centro de Estudos Socioambientais (Pangea), o projeto envolve inicialmente a Cooperativa das Mulheres Costureiras do Parque São Bartolomeu, localizado em Plataforma, tendo planos para estender-se nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. No período de um ano, a Fundação Telefônica investirá R$ 140 mil em equipamentos, formação e capacitação de mão-de-obra em troca de itens manufaturados produzidos pela cooperativa. (A Tarde-BA, p. Economia 10, 7/7 – Sara Barnuevo).

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

  • Fundação Avina
  • Fundação Cafu
  • Fundação Telefônica
  • GrupoNueva
  • Instituto Bom Aluno do Brasil
  • Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
  • McDonald´s
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