Terça-feira, 9 de outubro de 2001

Por: GIFE| Notícias| 09/10/2001

Jovens talentos optam por fazer carreira dentro do terceiro setor

Jovens talentos, na faixa dos 20 aos 35 anos, formados nas principais universidades do país, estão deixando de lado a iniciativa privada e apostando no trabalho no terceiro setor – em ONGs, grandes associações e institutos sociais de empresas. A diretora executiva do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), Rebecca Raposo, diz que existem poucas pesquisas sobre as entidades sem fins lucrativos no Brasil, mas ela afirma que o movimento de profissionalização é generalizado e que a ascensão vertical é lenta e pouco provável porque as equipes geralmente são enxutas. O setor compensa isso promovendo a ascensão horizontal, com um processo de produção participativo eum retorno bem maior do que nas empresas privadas, diz. A diferença entre o setor privado e as entidades sem fins lucrativos é que tem que haver, além da competência, um comprometimento com a causa. Patrícia Kanashiro, 24 anos, coordenadora de projetos do Instituto Ethos, diz que sua ambição em ser uma megaexecutiva de multinacional foi para segundo plano durante o curso de administração da FGV. Ela pediu demissão no estágio na Johnson & Johnson para trabalhar como voluntária no movimento estudantil. Foi difícil em casa e com os colegas da faculdade. Eles diziam que eu era a hippie, conta. Mas hoje, três anos depois de formada e um intenso trabalho em planejamento estratégico, marketing e controle orçamentário no Instituto, os amigos já olham de forma diferente. (Valor Econômico, p. D4, 9/10 – Roberta Lippi)

Dois coelhos com uma cajadada só

Em artigo, Luiz Carlos Merege, coordenador do curso de Administração para Organizações do Terceiro Setor e do Centro de Estudos do Terceiro Setor (CETS) da FGV/EAESP, afirma que existe uma forte correlação entre o crescimento econômico e as transferências de recursos para o terceiro setor. A década passada foi marcada pela prosperidade contínua nos Estados Unidos e resultou em um crescimento espetacular da renda movimentada pelo setor. No início da década de 90 os estudos indicavam que o terceiro setor movimentava US$ 340 bilhões, passando para US$ 621 bilhões em 1996 e atingindo cerca de US$1 trilhão em 1999. Segundo o articulista, infelizmente, série histórica como esta só existe para os Estados Unidos, uma vez que o levantamento de informações econômicas sobre o terceiro setor ainda não se incorporou às contas nacionais dos demais países. Merege afirma ainda que um setor que movimenta trilhões de dólares e que possui uma grande capacidade geradora de emprego tornou-se crucial para a geração de renda e portanto para a demanda por bens e serviços, contribuindo para animar economias. (Valor Econômico, p. B2, 9/10)

Curto – circuito

Será realizada hoje, em São Paulo, a entrega do Prêmio Victor Civita – Professor Nota 10, concedido pela Fundação Victor Civita. A cerimônia acontecerá no teatro Abril, às 20h30. (Folha de S. Paulo, p. E2, 9/10 – Mônica Bergamo)

Professora de Florianópolis concorre à final do concurso Professor Nota 10

A professora Annik Silva, 31 anos, da Escola Autonomia, em Florianópolis, é a única catarinense finalista do Prêmio Victor Civita – Professor Nota 10, promovido pela Fundação Victor Civita. Ela é formada em Agronomia e há c inco anos se dedica ao magistério na área de Ciências e Biologia. O projeto de Annik concorreu com 3,7 mil concorrentes em todo o País. Ela recebeu R$ 5 mil por sua classificação entre os 12 melhores. Se vencer a final, ganhará 10 mil. A divulgação do resultado será hoje, 9/10, em São Paulo. (Diário Catarinense, p. 18, 6/10, Cláudia Marcelo)

Escola ganha qualidade com ajuda do terceiro setor

À primeira vista, uma escola pública, uma praça ou um posto de saúde deteriorado parecem não fazer parte do mundo de quem pode pagar uma escola particular, é sócio de um clube ou tem plano de saúde. Mas para quem já tomou consciência, realidades como essas não só incomodam como também exigem uma atitude. No caso do coordenador de segurança patrimonial da Gerdau/Aço Norte, José Eduardo Alves da Costa, foi justamente um estabelecimento de ensino, em Recife, em más condições que chamou sua atenção. Reunindo forças e idéias com outros colegas de trabalho depois do expediente, Costa assumiu o desafio de mudar o cenário. Fazendo parte do programa Canal Voluntário da Gerdau, há um ano, o coordenador diz com orgulho que a escola Senador Aderbal Jurema não é mais a mesma: mudou para melhor. Tenho a satisfação de ver o fruto das ações feitas por mim e pelos meus colegas. Chego hoje na escola e vejo tudo diferente. Conseguimos ensinar novas formas de administrá-la para a diretoria, professores, pais e alunos. Planejamos as ações depois do expediente de trabalho, na própria empresa, conta. (Folha de Pernambuco, Economia, p. 5, 8/10)

Espetáculo reúne crianças da Rocinha e do Olodum

O espetáculo Luzes…Música e Animação vai promover, nesta quinta-feira, no Teatro Castro Alves, em Salvador, o encontro de seis atores mirins da favela da Rocinha, do Rio de Janeiro, com 15 jovens percussionistas do grupo baiano Olodum. A iniciativa reúne também a Orquestra Sinfônica da Bahia e pretende criar um concerto pedagógico e lúdico para aproximar meninos e meninos da música clássica e da música popular brasileira. O show, idealizado pelapianista carioca Rosana Diniz e dirigido por Neném Alves, tem o patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Rouanet. (Gazeta da Bahia, p. 8, 8/10 – Eduardo Bastos)

Borges ajuda crianças carentes

Crianças e adolescentes de baixa renda, de nove a 15 anos, participam do projeto Nadando com Gustavo Borges. Em 2000, eram 120 crianças. Este ano o atendimento foi ampliado para 140 meninos e meninas, todos pobres, morando com famílias de quatro ou mais pessoas na mesma casa e renda de até 4 salários mínimos. A idéia do atleta é criar um caminho para a integração da comunidade, além de oferecer a crianças e adolescentes um crescimento saudável e de forma participativa. O projeto de Gustavo Borges atende 50 crianças de Ituverava-SP e outras 90 em Salvador. Um acordo com a Ford do Brasil garante o material esportivo e a alimentação das crianças. (Jornal da Tarde-SP, p. 6B, 8/10)

Empresas, fundações e institutos citados nas matérias publicadas hoje:

  • Ford do Brasil
  • Fundação Victor Civita
  • Gerdau/Aço Norte
  • Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE)
  • Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
  • Petrobras
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