Voluntariado deve começar na escola

Por: GIFE| Notícias| 16/02/2009

Rodrigo Zavala

Em evento sobre Voluntariado Educativo, especialistas convidados pelo Instituto Faça Parte se reuniram em São Paulo, no último dia 13, para defender a prática como parte do currículo escolar. Pelas conclusões do grupo, um estudante que passa parte de seu tempo como voluntário não apenas aprende mais como também desenvolve habilidades imprescindíveis para o mercado de trabalho.

Segundo a coordenadora de projetos do instituto, Kátia Mori, trata-se de estimular um dos fundamentos da educação: a formação para a cidadania. “”É uma maneira de dar significado aos saberes escolares e à vivência de valores por meio do desenvolvimento de atividades sociais planejadas””, afirmou.

Nesse sentido, práticas de voluntariado nas salas de aula potencializam a escola como “”espaço de participação, solidariedade e aprendizagem””. Para Kátia, isso é fundamental para a promoção de “”uma educação com qualidade””.

Convidada para o evento, María Nieves Tapia, do Ministério da Educação da Argentina, é uma defensora férrea de voluntariado nas escolas. Durante sua palestra, citou como exemplo, uma iniciativa realizada no interior do país, em Rio Negro, Patagônia Argentina. Em uma escola pública da região, que trabalha com crianças com deficiência visual, os alunos confeccionaram placas de identificação em braile, para serem colocadas nas ruas.

“”A escola entrou com o conteúdo, as empresas com as placas e o governo com a instalação. Isso mostra um potencial que, geralmente, não é aproveitado pelos professores ou diretores””, garantiu. A especialista ainda emocionou a platéia ao lançar um slogan especialmente para o evento: “”aprender serve, servir ensina””.

Investir em um currículo mais elaborado também é defendido pelo presidente da Fundação Educar DPaschoal, Luis Norberto Pascoal. Segundo ele, a capacidade de ser voluntário deve fazer parte da educação. “”Essa capacidade é uma competência””, disse.

A coordenadora do programa de Educação do Unicef, Maria de Salete Silva, fez coro a Pascoal, quando acrescentou que o voluntariado desenvolve capacidade para a vida. “”Não se trata apenas de um passatempo agradável e politicamente correto, mas um crescimento””, acredita.

Para o Diretor Regional do SESC São Paulo, Danilo Santos de Miranda, toda a educação deveria ter casos de voluntariado. “”A troca entre as pessoas traz aprendizado. Parece óbvio, mas poucos perceberam””, questionou.

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