Relatórios analisam relação de jovens com o mercado de trabalho global

Por: GIFE| Notícias| 18/05/2020
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Ter aulas e frequentar cursos preparatórios não é sinônimo de mais facilidade para ingressar no mercado de trabalho, segundo jovens respondentes de uma pesquisa realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Mais de 40 mil jovens de 150 países analisaram temas como educação e emprego. 

Ao passo que a pesquisa aponta que essa parcela da população deseja aprender sobre liderança (22% dos respondentes), pensamento analítico e inovação (19%), processamento de informações e dados (16%), 31% dos respondentes afirma que as habilidades que aprendem atualmente não correspondem ao que esperam e desejam em termos de carreira. 

O levantamento também aponta que 39% afirmou que os empregos que almejam não estão disponíveis em suas comunidades. 

O relatório Tendências globais de Emprego Juvenil 2020: Tecnologia e futuro dos empregos (do inglês GET Youth 2020 – Global Employment Trends for Youth 2020: Technology and future of Jobs) também apresentou dados sobre a relação dos jovens com o mercado de trabalho. 

O levantamento aponta que, apesar do crescimento de 1 bilhão para 1,3 bilhão da população jovem global entre 1999 e 2019, houve uma diminuição no total de jovens no mercado de trabalho: de 568 milhões para 497 milhões (41% do total da população jovem global, sendo que 429 milhões estão empregados e 68 milhões procurando por um emprego). 

Uma das hipóteses para esse dado é maior envolvimento com a educação, podendo resultar em pessoas mais capacitadas para o mercado de trabalho em diversos países. Ao mesmo tempo, o índice reforça que é grande o número de pessoas que não estão envolvidas com emprego, educação ou em treinamento (do inglês NEET –  not in employment, education or training), realidade que acomete, em maioria, jovens mulheres. 

No recorte da América Latina e Caribe, quase 110 milhões de jovens são afetados por altas taxas de desemprego, informalidade e desocupação. 

Além de apresentar dados regionais sobre a força de trabalho jovem, o relatório também faz paralelos relevantes, como a relação dessa geração com a tecnologia. Enquanto usam diariamente tecnologia quase como uma extensão corporal, apresentam uma tendência de preocupação com a possibilidade de tecnologias como robôs e inteligência artificial substituírem suas funções no mercado de trabalho. 

A relação com condições socioeconômicas também é apresentada: aproximadamente 55 milhões de jovens trabalhadores não ganham o suficiente para mudar sua condição de extrema pobreza e de suas famílias.  

A íntegra da pesquisa está disponível neste link

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