Na próxima terça-feira (26), será lançada a 17ª edição da Pesquisa do Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC). Publicado anualmente pela Comunitas, o estudo oferece uma visão estratégica sobre o panorama do investimento social corporativo no Brasil, trazendo parâmetros e benchmarks que apoiam a tomada de decisões e qualificam as ações sociais de empresas, institutos e fundações.

A publicação terá ênfase nos dados quantitativos. Nesse sentido, Patricia Loyola, diretora de Gestão e Investimento Social da Comunitas, já adianta que o volume de recursos segue acima dos patamares pré-pandemia, o que sugere a consolidação de um novo patamar  no país. Ele explica que o melhor momento da economia brasileira e o aumento da importância da agenda de responsabilidade social parecem ser determinantes neste desempenho.

“Porém, alguns fundamentos se mostraram menos positivos em 2023, como a redução dos indicadores medianos de investimento e a maior concentração do volume de recursos em poucas empresas de grande porte de ISC [investimento social corporativo]”, pondera.

Segundo ela, os dados também vão mostrar que os projetos ligados às leis de incentivo fiscal estão ganhando bastante relevância na carteira das empresas e que as Ações Emergenciais, após eventos climáticos extremos, ganharam protagonismo em 2023, mesmo antes das chuvas no Rio Grande do Sul. 

A pesquisa apresenta ainda evidências sobre o papel do ISC na agenda de mudanças climáticas, sobre a contribuição do setor para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) e sobre a utilização da inteligência social para apoiar a relação com as cadeias de valor. 

Durante o lançamento, será apresentado o “Guia para o Enfrentamento às Emergências Climáticas: Estratégias de Colaboração Pública e Privada”, desenvolvido pela Comunitas em parceria com o Climate Hub do Columbia Global Center Rio de Janeiro. O documento reúne experiências, dados e pesquisas com líderes públicos e privados, apontando caminhos para reduzir as vulnerabilidades climáticas de comunidades e territórios. Além de identificar experiências exitosas, o Guia reconhece o potencial de colaboração público-privada para enfrentar uma realidade de eventos climáticos mais frequentes e intensos.

“O Guia buscou sistematizar o conhecimento acumulado no tema, jogar luz às diferentes etapas que compõem uma estratégia de enfrentamento às emergências climáticas e produzir evidências de que apesar das ações emergenciais de apoio humanitário estarem agora bastante presentes no ISP das empresas, a cobertura para as etapas de reconstrução, adaptação e prevenção de desastres ainda é baixa”, acrescenta.

Um ponto de ineditismo na edição do BISC de 2024 será a análise de empresas de capital aberto, a partir de dados disponíveis nos Relatórios Anuais das companhias. Patricia Loyola ressalta que a disponibilização de soluções de mercado para sistematizar os dados ESG das empresas é fundamental para ampliar o controle social sobre a contribuição das empresas para o desenvolvimento sustentável. Assim como para aprimorar a gestão empresarial da responsabilidade social e para combater o greenwashing.

O lançamento acontece no Auditório da Comunitas, às 9h. Para participar, basta se inscrever aqui. Mas já é possível acessar a publicação neste link.