Estudo aponta diretrizes para o fortalecimento do desenvolvimento institucional das OSCs no Brasil
Por: GIFE| Notícias| 09/06/2025
Crédito: Istock
Um novo estudo feito pelo Instituto ACP apresenta seis diretrizes para a promoção e fortalecimento do desenvolvimento institucional (DI) das organizações da sociedade civil brasileira. O material sistematiza conceitos, ideias e práticas para mobilizar e incentivar pessoas, grupos e instituições que desejem fortalecer a causa oferecendo direcionamentos efetivos e estratégicos para esse fim.
“Por um lado, o DI é a engrenagem das organizações, aquilo que a organização precisa para funcionar, para poder entregar mais e com melhor qualidade pro mundo. Ao mesmo tempo, também é parte das dimensões de desenvolvimento institucional, é a elaboração daquilo que é o coração e é o centro do que a organização está se propondo a fazer”, explica Erika Sanchez Saez, diretora executiva do IACP.
Com isso, as diretrizes destacam a necessidade de intencionalidade, financiamento adequado, relações baseadas na confiança, promoção da reflexão e colaboração, visão de longo prazo e valorização das pessoas envolvidas. O objetivo é evidenciar a importância do DI para mudanças sociais duradouras, mobilizar doadores a investirem nesse desenvolvimento e incentivar as OSCs a adotarem práticas conscientes que contribuam para uma sociedade civil mais resiliente e autônoma.
“A mensagem principal é: enquanto filantropia, organizações de doação institucional, e investimento social privado, a gente precisa mudar práticas em relação ao apoio ao desenvolvimento institucional. A gente precisa ampliar as nossas práticas. A gente sabe da importância, mas só na hora de cobrar”, enfatiza Erika Sanchez.
Buscando avaliar esse grau de importância, o estudo apresenta dados de pesquisas, como a do Censo GIFE 2022, que mostrou que os recursos do Investimento Social Privado (ISP) direcionados ao desenvolvimento institucional não passaram de 3%. Ainda de acordo com o Censo, o apoio institucional é o que recebe menos atenção do ISP, se sobressaindo outras frentes, como apoio pontual a projetos (89%), desenvolvimento de iniciativas em parceria (76%) e linhas programáticas/editais (74%). Acesse o estudo aqui.