O estudo “Equidade e Representatividade: Síntese de evidências sobre a presença de mulheres e pessoas negras em cargos de liderança e autoridade” resume os principais estudos especializados dos últimos 20 anos sobre o tema. Lançado em agosto, é uma iniciativa da Fundação Lemann, realizada pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper.

Entre as constatações da pesquisa, a participação equitativa de mulheres em posições de liderança nas empresas contribui para a melhora no processo de tomada de decisão e aumento da criatividade; impactos positivos na dinâmica da equipe; adoção de práticas de negócios que beneficiam a sociedade e o meio ambiente. Já a participação equitativa de pessoas negras, colabora para melhor desempenho financeiro; engajar diferentes stakeholders; melhora e protege as marcas.

Ainda assim, essa representação é mínima. Entre as empresas listadas da Fortune 500, por exemplo, menos de 1% dos CEOs são homens negros. Em todo o mundo, as mulheres detêm cerca de 25% das cadeiras do Poder Legislativo. Entre as evidências científicas para esse cenário, estão os diferentes tipos de discriminação; as dinâmicas sociais (como a maternidade e o assédio sexual); e as desigualdades de poder.

O estudo apresenta alguns caminhos para reverter esse quadro, como ações afirmativas de políticas de recrutamento, treinamentos de diversidade e inclusão, implementação de políticas de igualdade de gênero e raça e criação de programas de mentoria.