C20 e G20 Social constroem aliança global para enfrentar injustiças sociais e desafios climáticos

Por: GIFE| Notícias| 11/11/2024

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

 

Com a aproximação da Cúpula do G20 Social, cresce a expectativa sobre as discussões que prometem abordar os grandes desafios sociais que afetam o planeta. Iniciativa inédita idealizada pelo governo brasileiro, o evento será realizado no Rio de Janeiro, nos dias 14, 15 e 16 de novembro. A Cúpula também traz um espaço essencial para o engajamento da sociedade civil, representada pelo C20. Integrando o grupo, o GIFE comandará atividade sobre filantropia. 

Em um cenário de mudanças rápidas, com desafios como a transformação digital, desigualdades sociais e a emergência climática, a criação do G20 Social busca incentivar a colaboração entre os países, encontrando soluções inovadoras e solidárias. 

“A expectativa para o G20 social diz sobre o momento de participação plural, efusivo, um momento em que as diversas organizações, redes e movimentos vão promover seus debates”, destaca Henrique Botelho Frota, presidente do C20 Brasil e diretor executivo da Associação Brasileira de ONGs (Abong). 

Gustavo Bernardino, gerente de Programas do GIFE, chama atenção para o espaço significativo que a sociedade civil tem conquistado. “A presidência do Brasil no G20 traz essa marca, que será um grande momento da sociedade civil global se engajar nas trilhas de discussão internacional e buscar pautar os países.”

Ampliando a voz da sociedade civil

Engajamento que tem repercutido através de um dos 13 grupos que formam o G20 Social, o  C20. “Os desafios enfrentados pelo C20 para uma maior influência nas decisões dos países no G20 passam por se revisar a estrutura de governança de fóruns multilaterais globais, ainda excessivamente concentrados na mão de poucos países. A governança global hoje ainda segue encouraçada num arranjo que espelha o desfecho da Segunda Guerra Mundial, há 80 anos”, observa Gustavo Bernardino. 

O C20 é composto por 10 Grupos de Trabalho (GTs), dentre eles o  GT 9, cuja participação inédita em 2024 aborda o tema “Filantropia e desenvolvimento sustentável” e é co-liderado pelo GIFE. Os debates que integram esse núcleo serão assuntos de algumas das mais de 270 atividades que fazem parte da programação do G20 Social. 

Uma delas acontece no dia 14 de novembro com o tema: “Filantropia para o Desenvolvimento Social: Recomendações para o G20”. Momento que marca a apresentação oficial das recomendações desenvolvidas ao longo do ano pelo GT9 com o intuito de convocar os países integrantes do G20 a assumirem compromissos efetivos com o ecossistema filantrópico. 

“Muitas das recomendações aos países que constam no documento resultante das discussões dialogam com proposições da liderança brasileira neste ano, como ao advogar uma tributação mais justa. Além disso, haverá um painel específico no calendário do G20 Social para debater as recomendações da Filantropia”, explica Gustavo Bernardino.

A luta pelo clima

Proposições que também dialogam com os desafios da agenda ambiental, por meio de trabalhos que vêm sendo realizados especialmente pelo GT3 “Meio Ambiente, Justiça Climática e Transição Energética Justa”, pavimentando caminhos para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada no Brasil em novembro de 2025. 

“As proposições [construídas pelo C20] são muito diretas e concretas e estão alinhadas com o que nós discutimos também nos espaços da COP. Eu diria que algumas das principais são: a necessidade dos países se comprometerem com medidas que evitem o super aquecimento do planeta, o desinvestimento em combustíveis fósseis e o respeito aos direitos das comunidades em situação de maior vulnerabilidade”, avalia Henrique Botelho.

Confira a programação completa do G20 Social aqui.

Leia as Recomendações da Filantropia ao G20.


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