Caminhos para integrar as juventudes ao novo mundo do trabalho
Por: GIFE| Notícias| 07/07/2025
Foto: iStock
Quase 40% dos empregos no mundo serão impactados pela Inteligência Artificial (IA), sendo os países desenvolvidos os mais preparados para aproveitar os benefícios trazidos por essas mudanças. As informações são do Fundo Monetário Internacional (FMI) e acendem alerta sobre os impactos que esse novo cenário pode gerar em países como o Brasil, que tem a juventude como um dos principais grupos afetados pelo desemprego e informalidade.
“Incluir produtivamente a população jovem é garantir que o país possa continuar se desenvolvendo e sendo produtivo. Garantir trabalho digno a esse grupo é fortalecer a cidadania, fomentar o crescimento econômico e ampliar o capital humano nacional”, observa Natália Di Ciero Leme Quadros, gerente de Programas e Parcerias da Fundação Arymax.
Foi pensando nessas soluções que a Fundação lançou o estudo “O futuro do mundo do trabalho para a juventude brasileira”, que aponta perspectiva de que até 2025 cerca de 15% da força de trabalho poderá ser interrompida e 6% realocada, 85 milhões de empregos sejam substituídos, ao mesmo tempo em que mais de 90 milhões de novas vagas devem ser criadas. A pesquisa teve apoio da Fundação Arymax, Itaú Educação e Trabalho, Fundação Roberto Marinho, Fundação Telefônica Vivo e Juventudes Potentes.
Nesse sentido, foi realizado um mapeamento de cinco economias emergentes enquanto pavimentação de carreiras e detecção de oportunidades: economia verde, economia criativa, economia do cuidado, economia prateada e economia digital. Para todas elas, foram apresentadas oito tipos de habilidades relevantes para o futuro do trabalho, tendo destaque duas: socioemocionais e tecnológicas.
A profissionalização é uma parte importante desse processo que em meio aos seus desafios podem contar com quatro caminhos resolutivos sugeridos pela pesquisa: expansão e democratização da profissionalização para juventudes; alinhamento da profissionalização com a estratégia de desenvolvimento produtivo e a demanda de profissionais qualificados; orientação profissional e acompanhamento de carreira das juventudes; e governança à altura do desafio da profissionalização orientada para o futuro.
“Tanto o setor público quanto o setor privado têm papéis complementares nessa missão”, aponta Natália Leme. Por esse motivo, menciona o Investimento Social Privado (ISP) como um aliado.
“O ISP tem condições de apoiar projetos inovadores (…) como fomentar redes que integrem atores públicos e privados para o desenvolvimento e financiamento de iniciativas, especialmente em territórios onde há negligência de investimento e gerar dados sobre o mercado de trabalho juvenil que possam subsidiar atores públicos, privados e do terceiro setor com evidências para que políticas e investimentos sejam mais certeiros”, sugere a gerente.
Natália ainda avalia que o investimento do capital privado na juventude contribui para a equidade social e também fortalece o ecossistema econômico, ao formar uma nova geração de profissionais mais preparados, produtivos, independentes, criativos e engajados.
Acesse a pesquisa completa aqui.