Nova metodologia foi implementada para fornecer maior entendimento sobre o ISP a partir das práticas e estratégias dos associados do GIFE

Para tornar a pesquisa mais acessível e expor as práticas estratégicas do setor, a 11ª edição do Censo GIFE, a ser lançada neste mês de novembro, apresenta mudanças e novidades.

O estudo  bienal  fornece um panorama sobre recursos, estrutura, formas de atuação e estratégias das empresas e dos institutos e fundações empresariais, familiares e independentes que destinam recursos privados para projetos de finalidade pública.

Realizado desde 2001, o levantamento tem como principal objetivo apresentar as principais características e tendências nas práticas do investimento social privado e da filantropia. Neste período, a pesquisa já atravessou algumas mudanças influenciadas pelo contexto, como na última edição, que considerou os efeitos atípicos de uma pandemia. 

Conforme explica Patrícia Kunrath, coordenadora de conhecimento do GIFE, “a instituição está trabalhando para ter uma publicação que permita mesmo a quem não está familiarizado com a pesquisa uma leitura fluida e um maior entendimento sobre o ISP a partir das práticas e estratégias dos associados do GIFE”. 

O Censo 2022-2023, avalia Raoni Biasucci,  coordenador de projetos da ponteAponte, está mais conciso e com uma estrutura de capítulos construída estrategicamente para que diferentes públicos possam consultar e se apropriar de informações de temas fundamentais do ISP brasileiro.

“São capítulos sistematizados a partir de recortes que permitem entender o campo por diversos olhares, como por exemplo a comparação histórica, dados setorizados pelos diferentes perfis de organizações, faixas de investimento e composições demográficas de equipes e conselhos”, completa.

Também se destacam entre as novidades a incorporação de questões relevantes sobre atuação finalística das organizações como:

– Apoio institucional financeiro e não financeiro a organizações da sociedade civil;

– Alinhamento do Investimento Social Privado (ISP) com ESG;

– Representatividade orçamentária das áreas temáticas;

– Compromisso efetivo das organizações com diversidade (composição no Conselho, políticas e metas organizacionais).

Além disso, a categoria de atuação “Educação” será desmembrada em educação formal e não-formal. 

Retirada do bloco de iniciativas

A  retirada do bloco de iniciativas, que captava as informações por projetos dos investidores sociais, abre espaço para focar nos dados referentes às organizações respondentes nesta edição, a fim de simplificar a leitura e interpretação das informações para o setor.

A mudança também contribui para evidenciar o caráter estratégico das organizações que compõem o GIFE. Ainda assim, o bloco sobre Iniciativas deve ser trabalhado futuramente em outra iniciativa institucional. 

A equipe que está à frente da publicação, ressalta ainda que a série histórica foi respeitada  e que se buscou  trazer inovações para fornecer um panorama do campo da filantropia e do investimento social em uma pesquisa qualificada.   

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