Com aposta em educação, comunicação e empreendedorismo, Fundação Demócrito Rocha chega ao GIFE

Por: GIFE| Notícias| 04/02/2019

 

Com 34 anos de atuação no Ceará e a missão de contribuir para a promoção do desenvolvimento humano por meio da educação, da cidadania e da produção cultural e incentivar o desenvolvimento social sustentável, a Fundação Demócrito Rocha (FDR) é a mais nova instituição a compor o time de associados GIFE.

Criada em 1985 pelo Grupo de Comunicação O POVO, sua mantenedora, a organização divide sua atuação em dez áreas: educação; cultura; ciências e técnicas; artes e letras; comunicação social; esporte, lazer e turismo; saúde; ética, paz, cidadania, direitos humanos, proteção à criança e ao adolescente; desenvolvimento regional e radiodifusão.

Cada uma delas encaixa-se em um dos três pilares institucionais da Fundação: a Universidade Aberta do Nordeste, as Edições Demócrito Rocha e a TV O POVO.

Universidade Aberta do Nordeste

Marcos Tardin, diretor geral da Fundação Demócrito Rocha, explica que, mesmo antes da criação da Fundação, o grupo já trabalhava com educação a distância inspirado pelo modelo Open University, de Londres. Em 1983, a Universidade Aberta do Nordeste (Uane) divulgava as primeiras aulas do seu primeiro curso.

Segundo Marcos, os materiais didáticos constituíam um encarte do jornal O POVO, fundado em 1928 pelo jornalista, poeta e político Demócrito Rocha. Atualmente, é o jornal mais antigo ainda em atividade no Ceará.

Com o passar do tempo, a Uane aumentou sua oferta de cursos. Hoje, dividem-se em três categorias: cursos livres, cursos de extensão e cursos técnicos profissionalizantes. As  formações têm o objetivo primordial de qualificar a população por meio da educação continuada e aberta, desenvolvendo competências e habilidades articuladas com as premissas apontadas pela Unesco para a educação do século 21: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver e aprender a ser.

Enquanto os cursos livres podem ser realizados em parceria com outras instituições ou não, os de extensão obrigatoriamente têm um parceiro, seja uma instituição pública ou um programa de extensão universitária de alguma instituição de ensino superior do Ceará.

“Por conta da nossa expertise no ensino a distância, estabelecemos parcerias com algumas instituições e preparamos um material que chamamos de curso de extensão. Os temas são desenvolvidos junto com o parceiro, que é quem aporta o recurso financeiro para a Fundação construir o curso e depois oferecê-lo gratuitamente”, explica Marcos.  

Um exemplo de curso de extensão, que contou com cerca de 24 mil inscritos, é o Cidadania Participativa, elaborado em parceria com a Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado do Ceará (CGE) e apoio da Escola de Gestão Pública e do Programa de Resultados do Banco Mundial (PForR). “Atualmente, o nosso recorde de inscrições é o curso de Mediadores de leitura. Ao todo, foram 90 mil pessoas inscritas de todos os estados do país e até algumas do exterior. O acesso é pelo ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e o material também sai impresso no jornal.”

Já os cursos livres podem ter diferentes formatos – presencial, online e ao vivo e a distância – e se encaixam em uma das três categorias: atualização profissional, capacitação e aperfeiçoamento. Um exemplo de sucesso, segundo o diretor, é o curso sobre como usar histórias em quadrinhos em sala de aula, que teve 65 mil inscritos.  

Até hoje, a Uane soma 11 cursos livres, 73 cursos de extensão universitária com a participação de mais de um milhão de alunos de todos os estados brasileiros e 24 turmas do curso técnico em Secretaria Escolar.

Edições Demócrito Rocha (EDR) e a TV O POVO

As Edições Demócrito Rocha (EDR) consistem no selo editorial da Fundação responsável por publicar obras de literatura para um público diverso. Apesar de não se limitar a uma determinada faixa etária, a literatura infantojuvenil sempre foi a linha editorial predominante da EDR.

Já a TV O POVO foi criada em 2007. Segundo Marcos, pela longa tradição do jornal O POVO, o primeiro programa da TV foi um telejornal diário com duas horas de duração. Em sua caminhada, a emissora teve uma intensa programação jornalística, o que foi mudando com o passar do tempo. Hoje, como parceira do Canal Futura, mantém seu caráter educativo, característico desde sua criação.

A partir de 2016, a TV começou a apostar na produção independente do Ceará ao recorrer a recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Ancine (Agência Nacional do Cinema).  

“Escolhemos sete projetos e produtoras independentes irão produzir essas obras audiovisuais, entre elas filmes de ficção e documentários. É um projeto muito bom para estimular a produção audiovisual local, porque só as produtoras do Ceará vão receber o recurso”, comenta o diretor.

Outras Iniciativas

Além das iniciativas dos três pilares da Fundação, a FDR também desenvolve outros programas, como o ENEM MIX. Criado em 2015 com uma proposta de inclusão social e digital, reduzindo as desigualdades no acesso a conteúdos para realização de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ações estratégicas de elevação de autoestima e motivação, o ENEM MIX completou sua quarta edição em 2018.

Realizado em parceria com a Secretaria de Educação do Estado do Ceará, consiste em palestras motivacionais e cursos de redação para os alunos do terceiro ano do Ensino Médio da rede estadual de ensino.

“Em 2018 fizemos 80 palestras motivacionais junto com um aulão de redação para alunos do interior do Ceará, cada evento com cerca de 600 a 700 participantes. As palestras motivacionais baseiam-se em depoimento de pessoas que tiveram uma trajetória de vida e superação muito grande, como uma injeção de ânimo para mostrar que os jovens podem encarar o ENEM como um fator transformador da vida e que têm plena capacidade de aproveitar essa oportunidade”, ressalta Marcos.

Além dessas, outras práticas são comuns como concursos de redação. A FDR disponibiliza temas, os alunos trabalham nas produções que são encaminhadas aos corretores, disponibilizados em escolas da rede estadual. Os autores dos melhores textos são premiados.

A Fundação também desenvolve iniciativas voltadas ao empreendedorismo, como o Seminário Empreender. Realizado em parceria com o Sebrae, consiste em palestras ligadas a um tema central, o empreendedorismo, mas com abordagens variadas. “Pode ser uma questão mais técnica, de como abrir uma empresa, ou apresentação de casos de sucesso de pessoas que empreenderam. Geralmente, o seminário é realizado em lugares que têm feiras de empreendedorismo. Já realizamos edições em Fortaleza, Sobral, Juazeiro do Norte e outras cidades do interior do estado”, defende Marcos.  

Associação ao GIFE

Apesar da associação recente, a Fundação não é um nome novo para o GIFE. Na década de 2000, as duas instituições estabeleceram diversas parcerias que permitiram inúmeras iniciativas, como a realização em 2002 do II Congresso Nacional sobre Investimento Social Privado em Fortaleza. Na época, a então diretora executiva da FDR, Albanisa Dummar, participou como membro do Conselho Diretor e posteriormente de Governança do GIFE.

Depois de um período de afastamento, agora é hora da retomada. “Estamos em uma fase de amadurecimento da nossa atuação e gestão. Nós temos muito a aprender, sob todos os aspectos, com o GIFE e as instituições que fazem parte dele.”

Além de aprender e compartilhar conhecimentos, Marcos ressalta a importância de unir forças e reforçar o investimento social no Brasil. “O Brasil, o Nordeste e, em especial e o Ceará, é um ótimo exemplo. Precisa muito dessa atuação e do aculturamento de outras instituições e empresas, desse papel que nós e outras instituições ligadas ao GIFE exercemos para o desenvolvimento social do país. Queremos aprender, contribuir e ajudar a valorizar o ISP.”


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