Da água para a mesa: ostreicultura sustentável no Rio Grande do Norte

Por: Fundação Banco do Brasil| Notícias| 17/01/2022

Unindo paciência, técnica e dedicação a ostreicultura tem se destacado como uma prática sustentável no Rio Grande do Norte. Parceria entre Fundação BB e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) tem transformado a vida de famílias que estão desenvolvendo todo o potencial do cultivo de ostras na região com os recursos do Programa de Inclusão Socioprodutiva (PIS).

A ideia é elevar a produção do modo extrativista e de baixo rendimento para uma produção que tenha grande volume, qualidade para o consumidor, promova o empreendedorismo e que incremente a renda para os agricultores familiares. Além de preservar o meio ambiente.

Desde 2007 o Sebrae promove o desenvolvimento da cadeia produtiva da ostra buscando o os mínimos impactos ambientais nos mangues e com o intuito de tornar o Rio Grande do Norte referência nacional no tema. Selecionado em 2018, o Projeto de Desenvolvimento da Ostreicultura Potiguar da Associação de Ostreicultores de Canguaretama contou com o apoio de R$ 569 mil, sendo R$ 336 mil da Fundação BB e R$ 233 do Sebrae/RN, e beneficiou diretamente 30 famílias.

Com o investimento, foram possíveis a instalação de mais áreas de cultivo, produção de sementes nativas, ações comerciais e mercadológicas, acompanhamento técnico, treinamentos e capacitações. No final de 2020, com o encerramento do projeto, constatou-se que 95% das famílias participantes do projeto tiveram a renda melhorada. O rendimento mensal exclusivo da ostreicultura dessas famílias chega a ser 53% maior se comparada ao do grupo controle.

Considerando somente as famílias beneficiadas, é uma injeção anual adicional de R$127 mil na economia local. A ação vai além de geração de trabalho e renda. É proteção e respeito ao meio ambiente, fortalecimento da cadeia de suprimento aos bares e restaurantes – com reflexos no turismo -, e mercadológica, pois as ações de desenvolvimento de novos produtos a partir da ostra ampliou o acesso a canais de comercialização.

Especialização para criação

Sebastião Bento da silva é presidente Associação dos Ostreicultores de Canguaretama (AOCA) e vende cerca de 800 ostras por mês e ressalta a importância da assistência técnica para o cultivo. Atualmente, a AOCA conta com 13 produtores e cada um tem sua área de trabalho. “Vivíamos no extrativismo e quando passamos a criar a ostra, melhoramos a qualidade do produto em 80% e começamos a produzir de forma sustentável. Isso despertou interesse dos restaurantes que garantem a compra de um alimento seguro”, conta Sebastião.

Para a criação de ostras são realizados estudos e análises de área para que possa ser realizado em um lugar natural. Os beneficiados também receberam capacitações sobre segurança alimentar com o Sebrae. O trabalho do cultivo envolve a coleta de semente e a estrutura física que são as telas. E conforme o crescimento das ostras elas são transferidas e passam por 5 telas diferentes. Desde a semente coletada até a venda são necessários cerca de 9 meses a 1 ano para desenvolvimento da ostra, dependendo do ano e do clima.

Segunda fase

Constatando o potencial da atividade, em 2021, a Fundação BB e o Sebrae/RN assinaram novo convênio para que o projeto tenha segunda fase que ampliará a atuação para mais quinze famílias e consolidará o profissionalismo da atividade na região e manutenção das atividades de assistência técnica.

Programa de Inclusão Socioprodutiva (PIS)

Desde 1985, a Fundação Banco do Brasil apoia projetos sociais em todo o país por meio de editais de chamadas públicas. Um deles é o PIS – Programa de Inclusão Socioprodutiva, realizado em parceria com as agências do Banco do Brasil. O foco está na inclusão socioprodutiva e cuidado ambiental por meio da realização de ações relacionadas à implantação, expansão ou aperfeiçoamento de empreendimentos. Por meio do PIS, desde 2016 foram investidos R$ 51,6 milhões em 236 projetos, em 217 municípios que beneficiaram 47,7 mil participantes.

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