Fundação Tide Setubal atua na articulação do primeiro plano de bairro participativo da cidade

Por: Fundação Tide Setubal| Notícias| 09/06/2017

TQ SÃO MIGUEL PAULISTA 12.04.2016 Rio Tietê. Reportagem fotográfica para Livro 10 Anos Fundação Tide Setubal - 2005 a 2015. Retratos, cenas de ruas de São Miguel Paulista, do Galpão, da linha de trem, das ruas e moradores do Jardim Lapenna. FOTO TIAGO QUEIROZ/FUNDAÇÃO TIDE SETUBAL

Um colegiado formado por instituições locais, moradores do Jardim Lapenna, Fundação Tide Setubal e da FGV São Paulo, estão construindo o primeiro Plano de Bairro Participativo da Várzea do Rio Tietê, que será lançado no dia 10 de junho. As propostas serão criadas a partir de oficinas com a comunidade e com o colegiado local, para posteriormente serem apresentadas à prefeitura, para edição de um decreto que reconheça o Plano de Bairro Participativo da Várzea do Tietê como uma ferramenta para o Plano Diretor da Cidade de São Paulo, uma iniciativa inédita na capital.

O Plano de Bairro Participativo pode propor decisões urbanísticas para as áreas de iluminação, segurança, resíduos sólidos, pavimentação, ciclovia, pontos de ônibus, micro drenagem, dentre outros elementos de infraestrutura. “A expectativa é engajar a população para que participe de fóruns e debata os principais problemas e potencialidades do seu entorno e, a partir daí, construa um plano de desenvolvimento sustentável para o bairro, criando um território de direitos. Afinal, esse é o verdadeiro empoderamento do cidadão pela cidade”, comenta Ciro Biderman, pesquisador da FGV.

Nesse contexto, após a realização das oficinas  com os moradores para identificar as condições do seu território, riquezas e desafios, além da priorização de demandas e ações, serão feitas as análises com o colegiado formado por nove instituições locais e fóruns para a elaboração final do Plano.

Palavra do colegiado

Anderson Pimentel Gomes, gerente do Centro para Crianças e Adolescentes (CCA), é um dos membros do colegiado. Para ele, a iniciativa pode amenizar vários problemas que assolam o bairro. “Participar dessas discussões e propor soluções significa melhorar a qualidade de vida dos moradores. E pode ser um meio para aprendermos a dialogar com o poder público”.

A mobilização dos moradores é um movimento contínuo e constantemente alimentado no Jardim Lapenna. Pensar melhorias para o bairro é o que move o Fórum de Moradores do Jardim Lapenna, animado pela Fundação Tide Setubal há cerca de dez anos.

Mobilização e conquistas

Esse trabalho em articulação com instituições locais e o poder público gerou a conquista de uma unidade básica de saúde com atendimento do Programa Saúde da Família, a construção da CEI Jardim Lapenna e da CEMEI Jardim Lapenna I, um Centro da Criança e do Adolescente, o acesso à estação São Miguel, além do coletor tronco, que atendeu parte significativa do território e foi fundamental  para o saneamento básico da região. Continuar buscando caminhos foi também o propósito da ação iniciada em 2016 pela Fundação Tide Setubal denominada ‘Território Educador’ e que nesse momento conta com a adesão e engajamento das instituições locais com a Consultoria da Fundação Getúlio Vargas.

“A mobilização da comunidade que vive no Jardim Lapenna não é de hoje. Conquistas importantes foram alcançadas ao longo dos últimos 10 anos. E, mais recentemente, houve um processo de reflexão, abordando o tema: ‘o que você sonha para o seu bairro?’ Foram realizados encontros e elaborado um mapeamento simbólico a partir dos desejos de mudança com a participação, por meio de estratégia político – pedagógica, de instituições e moradores.  Essa reflexão indica um caminho importante para o planejamento do bairro, que necessita dar passos para atender demandas infraestruturais e tem se tornado ainda mais necessário desde 2013, quando houve um salto populacional na região”, explica José Adeve, coordenador de projetos da Fundação Tide Setubal.

Na avaliação da gerente do Programa Saúde da Família, Alexandra Pádua, o Plano de Bairro Participativo do Jardim Lapenna está conseguindo mobilizar a população. “Muitos não participam por falta de informação. O trabalho que está sendo realizado pela Fundação e pela FGV está alimentando o sentido comunitário. A participação das agentes tem sido fundamental no levantamento de informações porque elas vivenciam o dia a dia da população e do bairro”.

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