Guia aponta formas de atender diferentes perfis no combate à pandemia de Covid-19

Por: GIFE| Notícias| 15/06/2020

A Plan International é uma organização não governamental que, desde 1997, quando chegou ao Brasil, trabalha para defender os direitos de crianças, adolescentes e jovens, com foco na promoção de igualdade de gênero. Por considerar que a pandemia do novo coronavírus trouxe e ainda trará enormes consequências, sobretudo para meninas e mulheres, a organização lançou o Guia Resposta à Pandemia de Covid-19: Atendendo às necessidades da população sem deixar ninguém para trás

Conforme aponta o documento, “não é exagero ressaltar que essa pandemia tem o potencial de atrapalhar e, de fato, reverter ganhos globais alcançados para a igualdade de gênero e os direitos de mulheres e meninas.” O texto também reforça que, se antes da crise os direitos das mulheres já sofriam ameaças, a situação de distanciamento social vem fazendo com que muitas meninas e mulheres fiquem presas com seus agressores, além de outros fatores, como difícil acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, por exemplo. 

Considerando diferentes características humanas, como raça, etnia, sexualidade, deficiência e outros aspectos identitários, o objetivo principal do guia é responder à pandemia sem deixar ninguém para trás. Entretanto, considerando os pontos citados acima, é necessário ter em mente que crises humanitárias não são vivenciadas da mesma forma, uma vez que o espectro humano é muito amplo. “Portanto, toda e qualquer ação que busque reparar o impacto da Covid-19 deve partir dessa compreensão”, aponta o texto. 

Um dos primeiros passos para garantir que ninguém ficará para trás na elaboração de respostas à crise é a realização de um diagnóstico, negando uma visão universalizante que não abarca as especificidades. É de extrema importância, por exemplo, a obtenção de informações desagregadas por sexo sobre questões que afetam meninas/mulheres e meninos/homens diferentemente, como renda, educação, emprego, segurança e nutrição. Uma dica apontada pelo documento é pensar quais mudanças a pandemia trouxe para os grupos separados por idade, mulheres grávidas, mulheres mães e chefes de família, mulheres idosas, pessoas com deficiência e mulheres e homens transsexuais. 

Em um segundo ponto, o guia enumera formas de garantir que todas as pessoas estejam conscientes da pandemia, como aproveitar plataformas existentes, identificar espaços online frequentados por mulheres, homens, meninas e meninos, segmentar essa comunicação e utilizar o potencial de influenciadores para ajudar na missão de comunicar. 

O ponto três apresenta algumas medidas que podem ser tomadas para diminuir os índices de violência. Identificar contextos que podem reproduzir essas situações em meio à quarentena e tomar medidas de prevenção é um dos caminhos apontados pelo documento. Outro é a criação de um cronograma de priorização de atendimentos pelo apoio socioassistencial. 

Além dessas, o guia também apresenta outras cinco ferramentas para o combate à crise, como promoção da saúde integral na pandemia, atenção à segurança pública, intencionalidade no combate à violência contra a mulher, reforçar a proteção a crianças e adolescentes e aprimorar a comunicação para evitar estigmas e pânico. 

O material na íntegra pode ser acessado neste link.  

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