Guia de Filantropia Estratégica apresenta roteiro para famílias que desejam se engajar em causas sociais

Por: GIFE| Notícias| 01/05/2023
Filantropia Estratégica

“Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos conscientes e comprometidos não pode mudar o mundo: isto é de fato a única coisa que pode mudar”, é essa frase da antropóloga cultural Margaret Mead que abre o Guia de Filantropia Estratégica da LGT Group Foundation, lançado em português no último dia 11 de abril.

O lançamento aconteceu em São Paulo (SP), e a publicação apresenta um roteiro para famílias que desejam se engajar e dedicar parte de seus recursos a causas sociais, abordando experiências de mais de 30 filantropos influentes. Entre eles, Elie Horn, André Hoffman, Teresa Bracher e Ofra Strauss.

Entre as causas apoiadas pelas famílias citadas na publicação estão biodiversidade, mudanças climáticas, saúde mental e tecnologia contra a corrupção. São quatro capítulos que ajudam a identificar motivações e causas e gerar o maior impacto possível com os recursos que cada indivíduo ou família tem para essa finalidade.

No prefácio do documento, o presidente do LGT e fundador da LGT Venture Philanthropy, Príncipe Max von und zu Liechtenstein, afirma que a necessidade de engajamento filantrópico é muito maior hoje. “À medida que os governos lutam para enfrentar os desafios globais e a concentração de riqueza aumenta, as famílias ricas têm uma responsabilidade crescente de se engajar e demonstrar liderança”, escreve.

Nina Hoas, Head Philanthropy Advisory no LGT Private Banking, explica que “doações colaborativas, suporte para mudanças sistêmicas, investimento de impacto e soluções baseadas no mercado são a linguagem dos filantropos de hoje que também adotam uma abordagem mais holística, alinhando suas doações de perto com seus negócios”.

Filantropia familiar no Brasil

De acordo com o Censo GIFE 2020, as organizações familiares se destacam por serem mais jovens, com uma média de 14 anos de existência. Enquanto Institutos, Fundações e Fundos Filantrópicos Independentes são mais longevos entre os investidores sociais, com 32 anos de existência em média.

84% dos Institutos, Fundações e Fundos Filantrópicos Familiares no Brasil foram criados a partir dos anos 2000, sendo que 46% surgiu após 2010, o que demonstra um crescimento dessas organizações no campo do investimento social privado na última década.

No entanto, enquanto houve aumento dos valores totais investidos em 2020 no caso de Empresas e Institutos, Fundações e Fundos Filantrópicos Empresariais e Independentes, foi registrada queda de 5% no caso de Familiares.

O que aponta para a importância do Guia traduzido no país, que contribui para que famílias com recursos encontrem e explorem suas motivações para doar; apresenta a estrutura para a filantropia estratégica; e estimula a liderança e influência filantrópicas. O conteúdo está disponível na íntegra, de forma gratuita, no site do Humanitas 360.


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