Investimento social privado tem potencial catalisador na agenda do ODS 18, aponta especialista

Por: GIFE| Notícias| 12/08/2024
ESG Racial

A lista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ganhou mais uma meta no  Brasil, o ODS 18. Adotado de forma voluntária, o objetivo elenca a igualdade étnico-racial como fator indispensável para o alcance da Agenda 2030.  A proposta, que já foi apresentada na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e no Grupo de Trabalho de Desenvolvimento do G20, visa influenciar outras nações.  

O ODS 18 foi apresentado pelo presidente Lula, durante a 78ª Assembleia Geral da ONU, em setembro de 2023, ano em que metas e indicadores do novo Objetivo passaram a ser trabalhados. Dentre eles, se destacam: eliminar todas as formas de violência contra pessoas negras e indígenas; ampliação e efetivação do acesso à justiça; acesso à saúde e habitação de qualidade, entre outros.

“Essa discussão reforça a relevância que a luta contra o racismo e a promoção da igualdade racial devem ter no plano global, estimulando um desenvolvimento sustentável e inclusivo”, avalia Keilla Martins, coordenadora do Programa “Respeito Dá o Tom” da Aegea. Para ela, o investimento social privado (ISP) deve estreitar laços com a agenda. 

O ODS 18 vem sendo elaborado pelo  Ministério da Igualdade Racial (MIR) em articulação com o Ministério dos Povos Indígenas, dos Direitos Humanos e Cidadania, a Secretaria-Geral da Presidência, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o IPEA. 

“Ao propor a criação de um novo ODS voltado à questão étnico-racial, o Brasil está enviando uma importante mensagem de compromisso com a justiça social e com a equidade racial”, completa Keilla Martins. A coordenadora acredita que esse é um momento oportuno da sociedade civil, setores públicos e privados fortalecerem vínculos em prol das metas do ODS 18, sendo o  ISP uma ferramenta de potencial catalisador. 

“O enfrentamento ao racismo e promoção da igualdade racial podem ser impulsionados pelo ISP através de investimento em projetos e iniciativas capazes de reduzir as desigualdades. É importante, também, que o setor esteja orientado a fortalecer iniciativas promovidas por organizações negras ou lideradas por pessoas negras e indígenas”, conclui a coordenadora da Aegea. 


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