ONU confirma 2023 como o ano mais quente já registrado

Por: GIFE| Notícias| 01/04/2024

Rio de Janeiro (RJ), 14/11/2023 – População enfrente forte onda de calor no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

De acordo com o monitoramento da agência, os últimos nove anos, de 2015 a 2023, foram os mais quentes já registrados.

O ano de 2023 foi confirmado como o mais quente já registrado, e bateu recordes em indicadores como concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, aumento do nível do mar, derretimento de geleiras e de gelo marinho. Os dados alarmantes são do relatório Estado do Clima Global em 2023, lançado no último dia 19 de março pela Organização Meteorológica Mundial, agência especializada das Nações Unidas que edita o documento anualmente. 

O Acordo de Paris, assinado em 2015, determinou como limite de aquecimento do planeta a temperatura de 1,5ºC. Mas, no ano passado, beiramos essa fronteira, com uma temperatura média global de 1,45ºC acima dos níveis pré-industriais.

Embora se trate de um aquecimento temporário, agravado pelo El Niño, 2023 foi uma amostra da vida em um planeta que falhe em cumprir as metas para frear a crise climática. O ano também foi marcado por eventos extremos como ondas de calor, secas, enchentes, incêndios florestais e tempestades. Quadro que ameaçou a segurança alimentar, forçou o deslocamento de milhares de pessoas pelo mundo e provocou perda da biodiversidade. 

De acordo com o monitoramento da agência, os últimos nove anos, de 2015 a 2023, foram os mais quentes já registrados. A última década também foi a mais quente da série histórica, confirmando a aceleração do aquecimento do planeta.

O relatório também chama atenção para o aumento do nível do mar, com um calor inédito nos oceanos e o derretimento recorde de geleiras. 

Apesar dos alertas, o documento aponta para um destaque positivo: o aumento no uso de energias renováveis, cuja capacidade instalada aumentou quase 50% globalmente na comparação com 2022.

Acesse o relatório completo aqui


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