Em sua participação no Fórum Econômico Mundial de Davos, realizado em janeiro, a Oxfam recomendou o aumento da taxação dos super-ricos.

A organização aproveitou o encontro de líderes mundiais para lançar o relatório “A sobrevivência” do mais rico – por que é preciso tributar os super-ricos agora para combater as desigualdades. Nele, defende o aumento na tributação dessa parcela da sociedade para recuperar parte dos ganhos obtidos durante a crise decorrente da pandemia de Covid-19.

De acordo com a pesquisa, o 1% mais rico do mundo ficou com quase 2/3 de toda riqueza gerada desde 2020 – cerca de US$ 42 trilhões –, seis vezes mais dinheiro do que 90% da população global (7 bilhões de pessoas) conseguiu no mesmo período. E na última década, esse mesmo 1% ficou com cerca de metade de toda riqueza gerada.

Pela primeira vez em 30 anos, aponta o estudo, a riqueza e a pobreza extrema cresceram simultaneamente. Entre os principais destaques do levantamento estão o fato de que um imposto de até 5% sobre os super-ricos poderia arrecadar US$ 1,7 trilhão por ano, o suficiente para tirar 2 bilhões de pessoas da pobreza. 

Já no Brasil, os 3.390 indivíduos mais ricos (0,0016%) detêm 16% de toda a riqueza do país, mais do que 182 milhões de brasileiros (85% da população).