Série aborda importância da educação antirracista para combater desigualdades

Por: GIFE| Notícias| 25/04/2022
educação antirracista

Uma produção gravada em três localidades com o mesmo objetivo: discutir a relevância da educação antirracista, a partir das perspectivas indígena, quilombola e periférica. 

Essa é a premissa da série Seta – Caminhos Possíveis para uma Educação Antirracista, produzida pelo projeto Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista (Seta) e realizada em parceria com a Fundação Roberto Marinho e o Canal Futura.

A série ficou a cargo de uma aliança entre as organizações ActionAid, Ação Educativa, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), Geledés – Instituto da Mulher Negra, Makira-E’ta e a Uneafro Brasil.

Composto por cinco episódios, o projeto foi gravado na Favela da Maré, no Rio de Janeiro, no Quilombo Rio dos Macacos, na Bahia, e no Parque das Tribos, em Manaus. 

Os cinco episódios da série já estão disponíveis no Globoplay e também no Canal Futura (Sky – 434 HD e 34; Net e Claro TV – 534 HD e 34; Vivo – 68HD e 524 fibra ótica; Oi TV – 35).  

A solução está além da educação

Durante o lançamento da série, Alexsandro Santos, doutor e mestre em Educação, reforçou que não é possível promover uma educação antirracista sem escutar e tornar protagonistas as pessoas que historicamente são vítimas de exclusão racial, ressaltando que essa prática não terminou com a abolição da escravatura.

Naomy de Oliveira Ramos, educadora e gestora de inovação na Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul, usou sua fala para sublinhar a importância de pessoas que sofrem preconceitos ocuparem espaços de gestão educacional e tomada de decisão, pois são elas que compreendem os recortes de ações antirracistas. 

Andressa Pellanda, coordenadora da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, por exemplo, comentou sobre o papel da comunicação na educação e, consequentemente, da mídia, que ainda é predominantemente branca e acaba reproduzindo discriminações enquanto deveria estar engajada e apoiar a construção de uma sociedade de fato antirracista. 

Já Suelaine Carneiro, coordenadora do Programa de Educação do Geledés – Instituto da Mulher Negra, comentou sobre o resgate e debate sobre o passado, muito praticado pelo movimento negro, pois além de ajudar a desconstruir imagens equivocadas, como homens e  mulheres negras congelados na escravização, traz uma nova compreensão das contribuições e potências do povo negro. 

O evento de lançamento, realizado no Dia pela Eliminação da Discriminação Racial, pode ser assistido neste link

 


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