Funcionalismo público cresce 132% em 30 anos, segundo Atlas do Estado Brasileiro

Por: GIFE| Notícias| 13/01/2020

De 5,1 milhões de vínculos para 11,4 milhões. O aumento de 132% corresponde ao crescimento, durante 32 anos, do funcionalismo público brasileiro, tema da nova versão do Atlas do Estado Brasileiro, divulgada em dezembro de 2019 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), juntamente com o estudo Três Décadas de Evolução do Funcionalismo Público no Brasil (1986-2017), que sintetiza os principais dados e descobertas do Atlas

A ferramenta online reúne dados sobre o total de vínculos públicos em nível federal, estadual e municipal e a remuneração média para cada um deles. Em 30 anos de medição, de 1986 até 2017, o aumento de cargos aconteceu de forma concentrada nos municípios brasileiros – de 1,7 milhão para 6,5 milhões -, sendo que os estados e a federação mantiveram uma média. 

Com gráficos e informações apresentadas de forma simples e acessível, o Atlas traz também a quantidade de vínculos de trabalho por esfera de poder. Predominam os funcionários do Executivo, apesar do aumento de vagas ocupadas no Legislativo e Judiciário ao longo dos anos. 

Com isso, 5,48% da população brasileira (relativo a população brasileira total em dezembro de 2017) ocupa vínculos de trabalho no setor público. Somente em 2017, ano em que o funcionamento público atingiu a casa de 11,4 milhões de vínculos, foram gastos R$ 750,9 bilhões com os servidores ativos, o que corresponde a 10,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. 

Recortes 

Em um recorte por sexo, a remuneração das mulheres é inferior à dos homens em todas as categorias e variações mapeadas pelo Atlas

Quando o assunto é escolaridade dos servidores, nos níveis federal, estadual e municipal houve queda do percentual relativo de pessoas com níveis de escolaridade mais baixos, sendo que o destaque vai para os municípios, onde houve aumento de vínculos de pessoas com escolaridade superior completa de 10 para 40%. Já nos níveis de poder, o maior avanço da escolaridade aconteceu no Judiciário: os vínculos com nível superior aumentaram de 26% para 79%. 

Entre as bases de dados consultadas para realização do Atlas estão: Relação Anual de Informações Sociais (RAIS/MTE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), Tesouro Nacional, Sistema Integrado de Administração de Pessoal (Siape/MPDG), Estadic e Munic/IBGE. 


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