Paulistanos já estão acostumados com uma camada cinza de poluição na atmosfera. Segundo um estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), os automóveis são responsáveis por 72,6% das emissões de gases efeito estufa (GEE), considerado um dos principais responsáveis pelo agravamento do aquecimento global.

Como essa não é a realidade somente da cidade de São Paulo, 22 de setembro marca o Dia Mundial sem Carro, uma forma de promover o uso de meios alternativos de locomoção, além da conscientização sobre os efeitos que o excesso de carros tem sobre o planeta.

Criada em 1997 na França, a data foi adotada por milhares de países que realizam atividades que podem durar até uma semana com o objetivo de mostrar à população os efeitos nocivos que gases emitidos pelos veículos têm no meio ambiente. Outro objetivo é evidenciar a dependência daqueles que utilizam o carro como meio de transporte todos os dias, mesmo para percorrer curtas distâncias.  

Meios alternativos de locomoção

Optar pelo transporte coletivo ou por bicicletas tem um duplo efeito positivo: a diminuição da emissão de gases poluentes – já que um ônibus, por exemplo, ocupa menos espaço na rua e transporta um número muito superior de pessoas em relação a um carro – e o alívio nos congestionamentos. A escolha da bicicleta tem um terceiro bônus: melhoria da saúde e qualidade de vida.

Realizada desde 2003 em São Paulo, a ação conta com apoio de cicloativistas e da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Em 2007, a Rede Nossa São Paulo passou a integrar o grupo de organizadores do Dia Mundial sem Carro. A mobilização cresceu tanto que em alguns locais é chamada de “Semana da Mobilidade”.

A participação de organizações, assim como da população, é importante para ressaltar aos governantes a necessidade de investir na infraestrutura de meios alternativos de transporte como ciclofaixas, bicicletários públicos, metrôs, frotas de ônibus, entre outros.