Pesquisa do Instituto Beja mostra que há espaço para crescimento das doações no Brasil
Por: GIFE| Notícias| 22/05/2023Foto: Lais Moss
Segundo o estudo “O Futuro da Filantropia no Brasil: Contribuir para a Justiça Social e Ambiental”, lançado recentemente pelo Instituto Beja, as doações no país podem ser consideradas relativamente baixas, com um total estimado de US$ 4 bilhões em repasses anuais. Considerando que o Brasil tem 55 bilionários, segundo a Forbes, há potencial para chegar a US$ 28 bilhões.
A pesquisa ouviu 21 filantropos brasileiros e 21 profissionais atuantes no setor entre setembro e dezembro de 2022, e revela que a classe média é vista como a mais empática, por conviver diretamente com os problemas sociais. Entre os mais ricos, no entanto, essa prática não equivale à sua capacidade financeira.
Em entrevista ao Observatório do Terceiro Setor, a presidente do Instituto Beja, Cristiane Sultani, explica que o povo brasileiro é solidário, e sempre se mobiliza para levantar insumos diante de tragédias, por exemplo. Mas, quando a doação envolve dinheiro, a relação de confiança é fragilizada.
“Para aumentar a cultura da filantropia, é preciso conquistar espaços em políticas públicas, melhorando o sistema fiscal das doações, e garantir que os fundos patrimoniais filantrópicos tenham mais segurança jurídica.”
Em relação às causas, a filantropia mantém sua inclinação para áreas como educação e saúde, mas com tendência para ações voltadas aos direitos humanos e à justiça social. Além de um crescente apoio internacional às questões ambientais. Acesse todos os dados aqui.