Ampliação de recursos e orientação de financiamento são algumas das propostas da Agenda Mais SUS

Por: GIFE| Notícias| 22/08/2022
saúde mental no SUS

(Rovena Rosa/Agência Brasil)

Com o compromisso de preparar o Sistema Único de Saúde (SUS) para as demandas do futuro, a  Agenda Mais SUS lançou recentemente o documento Caminhos para Fortalecer Saúde Pública no Brasil. Com propostas pensadas a partir de diagnóstico das condições e resultados da saúde do país, além das recomendações de especialistas, os dados reunidos podem auxiliar  gestores políticos na garantia do direito à saúde de forma igualitária.

Estão entre as principais propostas a ampliação de recursos e orientação de financiamento para induzir a universalização do SUS e expansão da Atenção Primária com qualidade, para garantir um SUS universal, eficiente e resolutivo. Além do fortalecimento dos mecanismos de governança regional do SUS; garantia da disponibilidade e efetividade de Recursos Humanos; valorização e Promoção de Saúde Mental e fortalecimento do SUS para enfrentamento a Emergências Sanitárias, como no caso da pandemia da Covid-19.

Evelyn Santos, coordenadora de projetos da Associação Umane, explica que a Agenda Mais SUS é resultado da parceria com o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS). O documento está disponível para candidatos às eleições de 2022 que tenham interesse em fortalecer o sistema.

“O esforço de articulação para termos os maiores especialistas de cada tema participando para elaborar essas propostas foi fundamental. Esse material conversa com todos os tipos de público, então as propostas tentam ser bastante objetivas.”

Para Evelyn Santos, o SUS enfrenta desafios históricos tanto em relação ao acesso e à qualidade, quanto em relação à sua expansão e consolidação. Ela afirma que fatores como o envelhecimento da população e o aumento da obesidade infantil mostram que o cenário indica que as demandas de saúde continuarão crescendo. “A gente tem que fornecer assistência imediata, mas também tem que se preparar para o futuro, para que o sistema esteja adequadamente preparado.”

Investimento em ciência e saúde é uma tendência mundial

Segundo o Relatório de Ciência da Unesco, houve aumento de 19,2% dos gastos globais com pesquisa entre 2014 e 2018. O projetoO que o Investimento Social Privado pode fazer por Ciência e Informação”, lançado pelo GIFE, provoca atores do Investimento Social Privado (ISP) a iniciar ou fortalecer atuação no tema que mostrou-se ainda mais necessário e vital durante a pandemia.

Um dos princípios do SUS é a equidade, é preciso que as populações mais vulneráveis sejam tratadas de forma distinta. Neste sentido, Evelyn Santos aponta para a necessidade de serem criadas estratégias diferentes, respeitando as especificidades de cada comunidade, levando em conta a dimensão e heterogeneidade do Brasil.

“Não adianta implementar exatamente a mesma política, da mesma forma, em todos os lugares do Brasil. Se não forem considerados os determinantes sociais de saúde locais nessas políticas públicas, não vamos a lugar nenhum.”


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