Edição comemorativa do World Giving Index aponta tendência global de queda nas doações

Por: GIFE| Notícias| 25/11/2019

O ano de 2019 marca a publicação da 10ª edição do CAF World Giving Index (WGI), que mede o grau de solidariedade de nações ao redor do mundo. Produzido anualmente pela Charities Aid Foundation (CAF), organização do Reino Unido, o levantamento mapeia o comportamento doador de um país de acordo com três perguntas: 1. Ajudou um estranho ou alguém que você não conhecia que precisava de ajuda?; 2. Doou dinheiro a uma organização?; e 3. Doou seu tempo, ou seja, fez trabalho voluntário em alguma organização?

Entre as principais descobertas da edição comemorativa – que reuniu dados dos países entre 2009 e 2018 – está o fato de que apesar de haver um movimento de fortalecimento da cultura de doação, o comportamento vem caindo globalmente, principalmente em países mais ricos como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. 

Ainda assim, Estados Unidos é o país tido como mais generoso ao longo da última década, seguido de Mianmar e Nova Zelândia. Este último é o único país a figurar não só no top dez de países mais generosos ao longo da década, mas também nas três categorias analisadas pela pesquisa. 

A diversidade entre os três primeiros colocados no ranking da generosidade ajudou a entender que não é possível apontar uma tendência ou ‘ingrediente secreto’ sobre quais países são mais propensos a aparecer em posições mais altas na pesquisa. 

Já entre os países que alcançaram os níveis mais baixos de solidariedade ao longo dos anos estão Rússia, Croácia, Bulgária, Grécia e China, sendo este último o único que aparece nos níveis mais baixos das três categorias. 

A pesquisa comparativa também reuniu dados sobre os países que mais evoluíram ao longo do tempo – como Indonésia, Quênia, Cingapura e Malásia – e os que mais caíram de posição – entre eles Marrocos, Afeganistão, Camboja e Mauritânia. 

Nesse cenário, o Brasil ocupa a 74ª posição do ranking geral, com maior destaque na categoria ajudar alguém. O país segue a tendência mundial de equilíbrio entre propensão de homens e mulheres doarem recursos ou tempo. Nas três categorias, o Brasil ocupa as posições 63, 67 e 84, respectivamente. 


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