Instituto Humanize é o novo associado GIFE

Por: GIFE| Notícias| 30/04/2018

Um novo associado chega ao GIFE este ano. Trata-se do Instituto Humanize (IH), que tem como objetivo estimular o desenvolvimento sustentável e a geração de renda, por meio do apoio à atuação estratégica de entidades que desenvolvam ações voltadas para a educação de qualidade, a gestão pública, o empreendedorismo e negócios de impacto social, a conservação e o uso sustentável do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida no Brasil.  

Segundo Georgia Pessoa, diretora executiva do Humanize, a equipe está trabalhando na definição da estratégia e na consolidação de um portfólio de projetos. O Humanize é uma organização doadora.

“Nascemos com o propósito de humanizar relações e achamos fundamental a garantia do direito das gerações atuais para que possam influenciar positivamente a construção de caminhos para as futuras. É preciso contribuir para o diálogo qualificado e a mudança de comportamento sobre questões estruturantes da sociedade. Acreditamos que a sustentabilidade está indissociavelmente ligada ao desenvolvimento humano de forma  a garantir o acesso a melhor qualidade de vida. Em rede se faz mais e é por isso que juntos com outros financiadores, apoiamos instituições parceiras que executem ações que irão causar o impacto que buscamos”.

O Instituto Humanize possui dois programas estratégicos: ‘Conservação e Uso Sustentável’, que fomenta atividades produtivas sustentáveis como meio de garantir segurança alimentar e nutricional, melhoria da qualidade ambiental e aumento da geração de renda das comunidades locais; e ‘Cidades e Territórios’, que apoia o planejamento urbano e modelos efetivos de gestão territorial alinhados ao desenvolvimento sustentável como ferramenta para uma vida digna e saudável.

O Instituto conta ainda com ações estruturantes: ‘Gestão Pública’, que trabalha o reconhecimento e a qualificação de servidores públicos e de profissionais do terceiro setor, visando a promoção de políticas públicas efetivas; ‘Negócios de Impacto Social’ (NIS), que estimula abordagens ligadas à educação empreendedora e apoio a um ambiente favorável às inovações, processos e tecnologias de NIS no Brasil; e também ‘Educação e Aprendizagem’, que como tema transversal, é vetor da transformação social, relacionando-se com novos temas dessa agenda e apoiando a inclusão de conteúdos socioemocionais no currículo brasileiro.

O portfólio do Instituto é amplo e diversificado. Em ‘Conservação e Uso Sustentável’, o IH apoia a gestão de recursos naturais, o que inclui desde projetos de manejo florestal e recuperação de áreas degradadas a projetos ligados à gestão da pesca artesanal, para que o pescado sustentável chegue à mesa do consumidor final. “Dentro desse programa já alcançamos resultados relevantes. Mais de 70 toneladas de frutos do Cerrado têm sido processados e beneficiados por três cooperativas que o IH apoia por meio do WWF-Brasil no Mosaico do Grande Sertão Veredas. Essa ação tem gerado uma renda de R$ 750 mil para as famílias locais”, diz Márcia Côrtes, coordenadora de Meio Ambiente e Cidades do Humanize.

Já no programa ‘Cidades’, o IH apoia o fomento de uma agenda cidadã. No conjunto de iniciativas desse programa, destaca-se o Programa Juntos pelo Desenvolvimento Sustentável, que desenvolve iniciativas para a busca do equilíbrio fiscal em municípios. Dessa forma, com o ajuste das contas públicas torna-se possível reorganizar a administração municipal, tendo como consequência a ampliação dos investimentos em serviços públicos em áreas de maior demanda, como educação, saúde e melhorias urbanas. “No Pará, com o apoio do Comunitas, o número de irregularidades dos municípios no Tesouro Nacional caiu 32% nos últimos seis meses”, explica Georgia Pessoa.

Além disso, no Pará, o Instituto apoia o Centro de Empreendedorismo, que atua na articulação do ecossistema de negócios rurais sustentáveis na Amazônia, onde um dos seus programas desenvolve o aproveitamento da produção agrícola familiar para a merenda escolar de alguns municípios do Estado. “Fomentamos o desenvolvimento de cadeias produtivas como o açaí, o cacau e o jambu. Além desse projeto, colaboramos para o desenvolvimento do Pará 2030, o Centro de Gastronomia e o Centro de Monitoramento Integrado da Amazônia. O Pará é um território estratégico para o Humanize”, afirma Márcia Côrtes.

Adicionalmente, um bom exemplo de aliança que o IH fez foi com a Fundação Lemann. “Criamos uma aliança com o objetivo de apoiar  pessoas que, uma vez capacitadas, possam ocupar cargos de liderança no governo e no terceiro setor para resolver os principais problemas sociais do país, alinhados com os princípios da sustentabilidade”, disse Natalia Di Ciero Leme, relações institucionais do Humanize.

Um outro exemplo de trabalho em rede do Instituto é o apoio à Plataforma de Filantropia dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), liderada pelo PNUD. Aprofundar parcerias e alcançar os ODS estão entre as principais propostas da ferramenta. “Se não unirmos esforços com outras filantropias, instituições do terceiro setor e até mesmo outros agentes sociais como o setor privado e o governo, não conseguiremos atingir as metas propostas. Os ODS exigem um esforço conjunto e contínuo para que tenhamos sucesso até 2030”, ressalta Natália.

Além das novas parcerias e alianças que estão sendo construídas, o Instituto nasceu para também consolidar investimentos que já estavam em andamento. Um exemplo é o apoio à implantação das Competências Socioemocionais no currículo da rede pública estadual de São Paulo. Um projeto que começou em 17 escolas, está atualmente em 146 e a partir do próximo ano estará nas cerca de 5.300 escolas da rede, como política pública do Estado para Educação, em atenção às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Com isso, São Paulo será o primeiro Estado do Brasil a ter o socioemocional como política pública de educação, favorecendo habilidades que fortalecem a capacidade de aprendizagem do aluno, promovem a empatia, a interação com as emoções e a resolução de problemas. “Ao difundir as habilidades socioemocionais, a escola cria um ambiente de aprendizagem mais seguro e respeitoso, principalmente por ser o professor o mediador do conhecimento” explica Camila Nascimento, coordenadora de Educação do Instituto Humanize. “Com isso, entendemos que a educação de qualidade é um eixo de combate à desigualdade social”.

Associação ao GIFE

Segundo Georgia Pessoa associar-se ao GIFE conversa diretamente com a forma de atuação do Instituto. Ela ressalta que participar da rede de associados é importante para conhecer mais sobre as estratégias de investimento de outras organizações, além de compartilhar o conhecimento do Humanize sobre os territórios e áreas onde estão atuando.

“O GIFE tem um papel fundamental na coordenação e no fomento do investimento social no Brasil, seja por meio de institutos, fundações ou empresas. Nós queremos entrar como um parceiro ativo, aproveitando as oportunidades de aprendizado coletivo e troca de experiências com outras instituições no principal grupo de articulação do ISP e filantropia do país”, comentou Georgia.


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