Leituras sobre o afrofuturismo
Por: GIFE| Notícias| 15/07/2024Crédito: Istock Foto
A primeira vez que o termo “afrofuturismo” foi utilizado data de 1993, quando o crítico cultural Mark Dery escreveu o ensaio “Black to the Future”. Baseado em entrevistas com artistas e intelectuais negros, o crítico explorou as intersecções entre a cultura africana e a tecnologia, abordando como os artistas negros estavam utilizando a ficção científica para reimaginar o passado e o futuro da diáspora africana. Trata-se de um movimento cultural, estético e político, que tem se apresentado em campos como literatura, cinema, moda, arte e música.
Às vésperas do Mês da Filantropia Negra 2024, Morena Mariah, pesquisadora graduada em Estudos de Mídia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e fundadora do Instituto Afrofuturo, listou conteúdos sobre o tema para o redeGIFE:
∠ Podcast Afrofuturo | Morena Mariah
O podcast aborda temas como afrofuturismo, cultura da diáspora africana e literatura preta, apresentando fatos históricos, conhecimentos teóricos e reflexões livres.
∠ Afrofuturismo: O Mundo da Ficção Científica Preta e a Cultura da Fantasia | Ytasha L. Womack
A autora apresenta a crescente comunidade de artistas que criam obras afrofuturistas. O livro abrange desde a experiência “alienígena” das pessoas pretas na América até o grito de “despertar” que ecoa na literatura de ficção científica, sermões e ativismo.
∠ O livro africano sem título — Cosmologia dos Bantu-Kongo | Bunseki Fu-Kiau.
A obra condensa os princípios da cosmologia do grupo étnico africano Bantu-Kongo, apresentando seus ensinamentos, princípios, provérbios e concepção de mundo, baseado na coletividade, comunidade e ancestralidade.
∠ Performances do tempo espiralar, poéticas do corpo-tela | Leda Maria Martins
Leda Maria Martins consolida o conceito de tempo espiralar, que surge pela observação de práticas comunitárias e no fundamento cognitivo de vários grupos étnicos africanos. O passado habita o presente e o futuro, o que faz com que os eventos, desprovidos de uma cronologia linear, estejam em processo de perene transformação e correlacionados.
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O Mês da Filantropia Negra 2024 tem realização do The WISE Fund e do GIFE, com apoio da Fundação Grupo Volkswagen, Aegea Saneamento, Imaginable Futures, Instituto C&A, B3 Social e Fundação Maria Emília.