Nobel de Economia defende taxação de bilionários em reunião com membros do G20 

Por: GIFE| Notícias| 22/04/2024

Esther Duflo. Photo by the Center for Global Development [CC BY 2.0], via Flickr

Esther Duflo reforçou que tributos sobre fortunas dos super-ricos e multinacionais são quitação de dívidas com países mais pobres. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o grupo pode chegar a um acordo sobre o tema até novembro

Vencedora do Nobel de Economia de 2019, Esther Duflo, foi convidada pela presidência brasileira do G20 para participar, na última quarta-feira (17), de um jantar com lideranças econômicas do grupo para debater finanças, em Washington, nos Estados Unidos. O objetivo era promover diálogos sobre a taxação dos super-ricos, considerada uma urgência mundial.

O tema é defendido por Esther Duflo, que vê na iniciativa a oportunidade de países ricos quitarem parte da dívida que possuem com os países mais pobres. “Taxar grandes empresas ou bilionários para ajudar os países pobres a lidar com as mudanças climáticas tem mais de 80% de popularidade. Vai além de direita ou esquerda. É senso comum”, declarou a economista em entrevista à Folha de S. Paulo.

Para a economista, é necessário que seja criado um imposto internacional sobre a fortuna dos super-ricos, bem como o aumento da tributação de multinacionais, iniciativa que, de acordo com ela, pode render anualmente US$ 500 bilhões

A temática vem ganhando cada vez mais espaço dentro do governo brasileiro e do próprio G20. Durante reunião preparatória do G20 em São Paulo, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, defendeu  a tributação das grandes fortunas. 

O ministro afirmou, na última semana, que o grupo pode chegar a um acordo sobre o tema até novembro. De acordo com Haddad, o G20 deve lançar um comunicado até julho norteado por três eixos: o intercâmbio de dados entre os países; o apoio técnico da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e um prazo curto para implementação das medidas.


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