Número recorde de eleitores com idade entre 16 e 17 anos demonstra interesse da juventude em ser ouvida

Por: GIFE| Notícias| 19/09/2022
juventudes

Os jovens brasileiros confiam pouco nos partidos políticos e nos representantes eleitos, aponta a pesquisa “Juventudes no Brasil 2021”, coordenada pelo Observatório da Juventude na Ibero-América (OJI) e realizada em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). As instituições com menos confiança são partidos políticos (82%), Congresso Nacional (80%), governo (69%) e presidência da República (63%).

Apesar da desconfiança, vários fatores fizeram com que houvesse recorde de eleitores com idade entre 16 e 17 anos aptos a votarem em 2022. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número cresceu 51,13% em comparação com 2018. Para Mathaus Torres, Secretário Executivo do Em Movimento e ex-coordenador do projeto Juventudes do Agora, além das insatisfações da juventude, existe interesse por uma política que traga no debate e construção uma perspectiva de futuro.

“O número recorde de eleitores jovens este ano é um reflexo direto da insatisfação que as juventudes têm vivido no nosso país, enfrentamos crises econômicas, políticas, ambientais e isso causa uma sensação de desesperança, principalmente entre os jovens.”

Mathaus Torres aponta que apesar da pluralidade, alguns interesses são comuns para as juventudes como educação, trabalho, saúde e meio ambiente. Dentre os mais diversos contextos, os jovens querem ser ouvidos para a criação de políticas públicas e projetos de impacto social

“Atualmente, o Brasil não tem uma política consistente que garanta efetivamente os direitos das juventudes e, por isso, o contexto de grande parte das juventudes brasileiras tem sido de exclusão e vulnerabilidade.”

O Investimento Social Privado (ISP) pode potencializar o envolvimento das juventudes na política

O Juventudes do Agora é uma iniciativa de mobilização e organização das juventudes, mas também da sociedade como um todo, com o objetivo de promover o fortalecimento de propostas de uma Política de Estado voltada para as Juventudes. Tendo o Em Movimento como um dos realizadores, o projeto traz diretrizes e bases que contribuem para pensar com as juventudes.

O secretário executivo cita que “Juventudes do Agora” busca compreender como as políticas públicas foram elaboradas para as juventudes ao longo dos anos, a fim de diagnosticar as necessidades a partir das evidências e apontar quais são os caminhos mais efetivos para a garantia de direitos.

“Ter uma Política de Estado para e com as juventudes tem sido a nossa missão, fortalecendo a perspectiva de que as juventudes precisam estar sentadas à mesa para tomar decisões sobre seu futuro.”


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