Projeto beneficia moradores de assentamentos no Distrito Federal

Por: Fundação Banco do Brasil| Notícias| 17/02/2020

Produtos agroecológicos e orgânicos são bons para a saúde e para o meio ambiente. Em Sobradinho, região administrativa do Distrito Federal, a Associação dos Produtores Agroflorestais – Asprosafs, está ajudando a colocar alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos na mesa das famílias que vivem em dois assentamentos da reforma agrária – Chapadinha e Betel.

A ação é realizada por meio do projeto Florestas de Comida, uma parceria com a Fundação Banco do Brasil e participação de agricultores familiares, jovens e mulheres. A iniciativa estimula a agricultura familiar, em especial a chamada agricultura de base ecológica, simbolizada pela agricultura orgânica. Além de pesquisar e praticar métodos alternativos de produção agrícola e florestal, também atua na comercialização dos produtos, na promoção de estudos, encontros, seminários, cursos e capacitações e outras atividades, com o objetivo de avançar no trabalho com a agroecologia, especialmente dos Sistemas Agroflorestais (SAFs) e de melhorar a renda das famílias.

O projeto recebeu R$ 280 mil por meio da Chamada Interna – Projetos de Inclusão Socioprodutiva – PIS e os recursos foram utilizados na compra de veículo para transportar mudas e adubos;  descascador de café; destilador; mesas; cadeiras, tendas, arador de terra, insumos e materiais orgânicos.

Mobilização em rede

A tecnologia social Sistemas Agroflorestais – Safs é um modelo de plantação consorciada que não agride o meio ambiente, imita as florestas naturais e produz hortaliças, grãos, tubérculos, frutos, madeiras e plantas capazes de fertilizar o solo. A metodologia é certificada pelo Prêmio Fundação Banco do Brasil e é uma das iniciativas que compõem a rede Transforma!

O assentamento Chapadinha, localizado no Núcleo Rural Lago Oeste tem 44 famílias, sendo que 26 possuem certificação em produção orgânica. E um dos fatores que têm estimulado a produção agroecológica no local é o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (PAPA/DF). Já o Assentamento Betel é uma comunidade ainda em formação e conta, atualmente, com sete famílias, sendo que uma delas já possui o certificado de produto orgânico.

Protagonismo feminino

A Asprosafs desenvolveu a tecnologia social  MAES – Módulos AgroEcológicos Sucessionais que está sendo reaplicada em propriedades de agricultores familiares no norte goiano. A  ação tem como missão valorizar a mulher camponesa e a produção de alimentos orgânicos em Sistemas Agroflorestais, com pretensão de disseminá-la no entorno do Distrito Federal. A MAES foi certificada na última edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, realizada em 2019.

As mulheres têm papel importante e ganharam voz na associação.  Além de serem responsáveis pelas atividades domésticas, elas também realizam uma série de trabalhos na esfera produtiva, que se destacam por conciliar produção e conservação: tarefas nos roçados, cuidado com o quintal no cultivo de plantas medicinais, de espécies nativas, de frutas e hortaliças e da criação de pequenos animais (galinhas, porcos, cabras, dentre outros), além de participarem ativamente nas decisões da associação.

Também foram destinados às mulheres módulos geridos por elas e oficinas em agroecologia (Sistemas Agroflorestais Sucessionais), beneficiamento da produção e acesso a mercados, priorizando as tecnologias sociais e a troca de experiências.

“A parceria com a Fundação Banco do Brasil ajudou a alavancar as ações que já existiam, mas com muita dificuldade. O projeto Florestas de Comida serviu como um catalisador de um processo que já estava acontecendo só que de maneira bem devagar. O que demoraria anos, com o recurso que recebemos da Fundação BB aconteceu muito mais rápido. E as famílias já contabilizam melhorias nas suas casas e propriedades”, destacou Fernanda Rosas, diretora financeira da Asprosafs.

Publicado por: Fundação Banco do Brasil

 


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