Nos próximos dias 20 e 21 de setembro, a Rede de Filantropia para a Justiça Social promove o Seminário Filantropia, Justiça Social, Sociedade Civil e Democracia, na Unibes Cultural, em São Paulo. O evento marca a comemoração dos 10 anos da Rede, e se propõe a fomentar o debate sobre a relevância de doações para a sociedade civil e o papel da filantropia para a justiça social.

A programação conta com a participação de dezenas de organizações da sociedade civil (OSC), nacionais e internacionais. Para Cássio França, secretário-geral do GIFE, a Rede tem tido um papel fundamental para a filantropia brasileira. 

“Por meio da Rede, organizações da sociedade civil e lideranças se fortalecem e a democracia brasileira se torna mais robusta. A conexão que a Rede faz entre as organizações que estão no território e o ISP é exemplar.”

Filantropia, Sociedade Civil e Democracia

Cássio França participa do evento compondo a mesa sobre “Filantropia de Justiça Social, Sociedade Civil e Democracia no Brasil”, onde vai abordar a autonomia de atuação das OSC’s.

O secretário-geral observa que, enquanto existem organizações com amplo conhecimento dos desafios e soluções presentes nos territórios em que atuam, mas com poucos recursos, existe o Investimento Social Privado (ISP), com recursos financeiros próprios, mas sem o mesmo conhecimento. 

“O desafio do ISP é encontrar outras formas que sejam tão eficazes quanto o apoio direto às OSC’s para promover a justiça social e o fortalecimento da democracia.”

Uma dessas formas, acredita, é o posicionamento a respeito dos altos índices de desigualdade de renda, fome, do racismo institucional e do desmatamento da Amazônia. “O que o ISP pensa sobre isso? A voz de famílias ricas e de grandes corporações fazem diferença.”

Um dos nomes que compõem a mesa ao lado do secretário-geral do GIFE é Henrique Silveira, coordenador executivo da Casa Fluminense. Para ele, o papel da Filantropia por Justiça Social na democracia se dá na inclusão dos segmentos da sociedade que não têm acesso a direitos básicos, nem inserção no debate público devido às desigualdades econômicas, sociais, de raça e de gênero.

“Quando a filantropia apoia uma comunidade quilombola para que ela tenha instrumentos de garantia da terra, é fortalecer a democracia. Assim como quando apoia mulheres lutando contra a violência doméstica, jovens negros lutando contra a violência policial e falta de oportunidade. “Para acessar a programação completa do Seminário, além das mesas colaborativas, clique aqui. Para se inscrever, acesse.