A imprecisão de dados pode ser um empecilho na hora de distribuição de recursos. No ano de 2020, começo da pandemia da Covid-19, por exemplo, o Estado brasileiro reconheceu a existência de 38,1 milhões de pessoas chamadas de “invisíveis” e que precisavam de auxílio emergencial. São brasileiros que não tinham carteira assinada, nem recebiam algum benefício social antes, o que revelou a necessidade de haver dados atualizados para as tomadas de decisões.

Segundo levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número oficial de Organizações da Social Civil (OSCs) no Brasil gira em torno de 236 mil a 781 mil. Isso por conta de OSCs ativas que não possuem registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), ou o inverso.

Diante das dificuldades existentes, o Mapa do Impacto Social surge para otimizar as escolhas do Investimento Social de Impacto, melhorando a experiência dos investidores, financiadores e organizações. A iniciativa liderada pelo Instituto Phi e pela Impact Beyond é um esforço coletivo com mais de 13 parceiros.

A plataforma realiza um mapeamento de OSCs incorporada a base do IPEA e qualifica essa base a partir do cruzamento de 10 bases de dados públicos. Os representantes legais das organizações podem cadastrar os dados no Mapa de forma gratuita, assim como consultar outras instituições que já realizaram a inserção de dados.