OPAS publica novo relatório sobre situação da saúde em 49 países das Américas e sub regiões

Por: GIFE| Notícias| 17/06/2019

 

Anualmente, a Organização Panamericana da Saúde (OPAS) publica o Relatório de Indicadores Básicos – Situação da Saúde nas Américas como forma de cruzar dados dos sistemas de saúde de 49 países da região com suas características populacionais e, a partir disso, analisar como é possível melhorar o setor em cada país.

Para o relatório de 2018 foram considerados 82 indicadores básicos divididos em cinco categorias: demográficos socioeconômicos, estado de saúde, fatores de risco, cobertura de serviços e sistemas de saúde, além de uma análise feita a partir de 22 indicadores relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Segundo o levantamento, as Américas têm mais de um bilhão de habitantes, sendo que mais de 650 milhões estão concentrados na América Latina e Caribe. A região apresenta idade média de 33 anos e, em 2018, cerca de 15 milhões de bebês nasceram, enquanto quase sete milhões de pessoas morreram.

No âmbito do estado de saúde, o relatório aponta que a taxa de mortalidade para doenças não transmissíveis – 427 pessoas por 100 mil habitantes – é muito superior à taxa de óbitos por doenças transmissíveis – 59 a cada 100 mil. Entre câncer de pulmão, próstata, mama, cólon e doenças do coração, há mais incidência da última, com 61,9 mortes por 100 mil habitantes.

Na categoria fatores de risco e de proteção para a saúde, a amamentação, um fator de proteção com benefícios comprovados se mantida até os seis meses de vida, apresenta grande variação: 68,4% das mulheres amamentam até os seis meses no Peru e 2,8% o fazem no Suriname. Entre os fatores de risco estão baixo peso ao nascer, desnutrição crônica (10% das crianças com menos de cinco anos na região), sobrepeso e obesidade, atividade física insuficiente e consumo exacerbado de tabaco e álcool.

A cobertura de serviços versa majoritariamente sobre vacinação. Dentro do universo de tuberculose, sarampo, caxumba, rubéola, difteria, tétano, coqueluche, poliomielite e rotavírus, todos os índices da região estão acima dos 70% na população abaixo de um ano de idade. Já os indicadores de saúde trazem dados como gasto médio com saúde que é de 5% do PIB.

Ao final, o documento apresenta três análises complementares aos indicadores: 1. A contaminação do ar como principal risco ambiental para a saúde em nível mundial; 2. Indicações sobre como fazer análises epidemiológicas usando números pequenos; e 3. Um mapa sobre a mortalidade por homicídios nas Américas. Brasil, Colômbia, Guiana e Guatemala apresentam altos índices.  

Confira as versões em inglês e espanhol do relatório.


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