Com ações relacionadas aos ODS, Instituto Neoenergia, novo associado GIFE, busca fortalecer parcerias e ampliar impacto

Por: GIFE| Notícias| 20/05/2019

Com aposta no desenvolvimento sustentável, contribuir para a melhoria da qualidade de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade é a missão do Instituto Neoenergia (INeo), novo associado ao GIFE.

A Iberdrola, mantenedora do Instituto, é uma empresa global, com sede na Espanha, que atua no setor de energia. Renata Chagas, diretora do Instituto Neoenergia, explica que à medida que a empresa foi expandindo sua atuação – principalmente para cinco países prioritários – Brasil,  México, Estados Unidos, Reino Unido e Espanha -, a Fundación Iberdrola, braço social do grupo, entendeu que cada uma das empresas do Grupo Iberdrola fundada nesses países deveria ter um instituto ou fundação para comandar a atuação social.

Em 2014, foi fundado o Instituto Iberdrola Brasil. Em 2018, a instituição passou por uma mudança que envolveu inclusive o nome da organização e passou a chamar-se Instituto Neoenergia. Como representante da Fundación Iberdrola no Brasil, o INeo busca contribuir para a criação de valor social de forma sustentável para comunidades vulneráveis em locais onde o Grupo atua.

Pilares e os ODS

Ao todo são cinco pilares que guiam as ações e atividades do INeo: Formação e Pesquisa, Biodiversidade e Mudanças Climáticas, Arte e Cultura, Ação Social e Colaboração Institucional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Renata explica que as frentes são comuns a todos os institutos e fundações do Grupo Iberdrola, uma vez que o Comitê de Fundações é o órgão responsável por elaborar o Plano Diretor que define os objetivos dos projetos em todos os países de atuação do Grupo em ciclos de quatro anos.

“O Grupo Iberdrola como um todo está muito comprometido com os ODS, principalmente o 7 e o 13, que versam sobre energia acessível e limpa e ação contra a mudança global do clima. Com a associação dos ODS aos pilares de atuação dos institutos, a Iberdrola realmente incorporou os objetivos tanto na estratégia empresarial quanto na política de sustentabilidade do grupo,” afirma Renata.  

Cada pilar de atuação do INeo está diretamente relacionado a um ODS. Formação e Pesquisa, por exemplo, conversa com o ODS 4, que versa sobre Educação de Qualidade. Biodiversidade e Mudanças Climáticas está relacionado ao ODS 15, sobre Vida Terrestre. O eixo Arte e Cultura, por sua vez, conversa com o ODS 11, sobre Cidades e Comunidades Sustentáveis. Ação Social relaciona-se com o ODS 1, de Erradicação da Pobreza e, por fim, o eixo de Colaboração Institucional está para o ODS 17, que versa sobre parcerias e meios de implementação.

Renata reforça a importância de todas as pessoas seguirem e se comprometerem a contribuir para a Agenda 2030, documento adotado na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, para, a partir de ações coletivas, colocar o mundo em um caminho mais sustentável até 2030. “A Agenda 2030 não é só do cidadão ou só das empresas. Ela deve ser seguida por toda a sociedade. Eu, particularmente, vejo de forma muito positiva que a gente consiga enxergar as metas e o que estamos fazendo efetivamente para contribuir com cada uma delas. Isso dá transparência e um norte maior para o que estamos fazendo.”  

Projetos

Considerando a diversidade dos pilares de atuação do INeo, os projetos desenvolvidos a partir deles são igualmente variados, tanto em temática quanto em metodologia. Dentro do eixo Arte e Cultura, por exemplo, está o Programa de Iluminações do Patrimônio Histórico. Para valorizar, proteger e dar mais relevância a patrimônios e monumentos, o Instituto reforma ou implementa pela primeira vez a iluminação desses locais.

Realizado desde 2015 no Brasil, o programa é a replicação de uma ação que já existe na Espanha. “O primeiro projeto que fizemos no Brasil foi a Cruz de Cabrália, na Bahia [Santa Cruz de Cabrália, localizada no litoral sul da Bahia]. É um monumento muito importante, que carrega uma questão histórica relevante para o país: foi ali que foi celebrada a primeira missa. O local recebe muitos turistas, mas depois das 17h ninguém mais frequentava porque ficava escuro e se tornava perigoso. Quando levamos a iluminação até às 22h, o fluxo de pessoas aumentou, o que tem efeito direto na economia local, pois a venda de artesanato dos indígenas melhorou. É muito legal ver a volta da movimentação de um local por conta da iluminação”, reforça Renata.

Além de contribuir para preservar o patrimônio, o programa também interfere na questão do consumo de energia, uma vez que prima pela eficiência energética e consequente diminuição de gastos públicos com iluminação.

Em outra direção, no eixo Biodiversidade e Mudanças Climáticas, está o programa Flyways. Criado em 2015 e entrando atualmente em sua terceira fase, trata-se de uma ação de preservação de aves limícolas – que vivem em sua maior parte em zonas úmidas e costeiras – em risco de extinção. Realizado em parceria com a SAVE Brasil (Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil), o programa monitora o tamanho populacional de cinco espécies ameaçadas em alguns locais das regiões Nordeste e Sul do Brasil. A ideia do projeto é engajar a comunidade e mostrar a importância da preservação das espécies.  

Outro exemplo de programa que mostra a diversidade de ações do INeo é o DroPS, sigla para Programa de Descoberta do Empreendedorismo Social. A partir do apoio à organização Porto Social, que atua em Recife (PE), o objetivo do programa é oferecer capacitação a 50 projetos de impacto.  

Com uma aula por mês durante um ano, as organizações aceleradas aprendem a partir de uma metodologia desenvolvida em parceria com a Verda, escola de impacto que foi incubada na primeira turma do Porto Social.

“O Porto Social recebia muitos projetos bacanas, mas só podia fazer a aceleração de 30. Com tantas ideias boas e programas legais que precisam de orientação para se estruturar e conseguir captar recursos, entramos junto nessa formação para capacitá-los e deixá-los maduros o suficiente para conseguirem andar sozinhos”, explica Renata.

Diversas outras iniciativas também estão sendo colocadas em prática, como um projeto de restauração de corais no Rio Grande do Norte em parceria com a WWF-Brasil e o trabalho com alunos da rede pública de ensino de cidades do estado de São Paulo para desenvolverem competências socioemocionais.

Associação ao GIFE

A associação ao GIFE se configura como estratégia pertencente ao quinto pilar do Instituto, que versa sobre Colaboração Institucional. Renata explica que nesse âmbito, a organização busca fortalecer parcerias e se fortalecer para ampliar seu alcance e impacto.

“O Instituto Neoenergia é muito recente, então entendemos que precisamos estar no meio que o GIFE proporciona. Precisamos respirar, trocar ideias, fazer benchmarking, entender como outros institutos estão investindo, quais recursos usam, como usam, como medem e avaliam impacto. Acreditamos que iremos encontrar tudo isso na rede do GIFE”, explica Renata.   


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